ATA DA VIGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 23-4-2003.
Aos vinte e três dias do mês de abril de dois mil e
três, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi efetuada a
segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes,
Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Darci Campani, Dr. Goulart, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris, Maria
Celeste, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion e Zé Valdir. Ainda,
durante a Sessão, compareceram os Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Alberto
Garcia, Carlos Pestana, Elias Vidal, Elói Guimarães, Isaac Ainhorn, João Bosco
Vaz, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maristela Maffei, Reginaldo
Pujol, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Valdir Caetano e Wilton Araújo.
Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os
trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias da Ata da Vigésima e
Vigésima Primeira Sessões Ordinárias, que foram aprovadas. À MESA, foram
encaminhados: pelo Vereador Beto Moesch, 02 Pedidos de Providências e o Pedido
de Informações nº 077/03 (Processo nº 1878/03); pelo Vereador Carlos Alberto
Garcia, 09 Pedidos de Providências; pelo Vereador Carlos Pestana, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 072/03 (Processo nº 1796/03); pelo Vereador Cassiá
Carpes, 01 Pedido de Providências e o Pedido de Informações nº 076/03 (Processo
nº 1874/03); pelo Vereador Dr. Goulart, o Pedido de Informações nº 068/03
(Processo nº 1747/03); pelo Vereador Elói Guimarães, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 078/03 (Processo nº 1825/03); pelo Vereador Ervino Besson, 02
Pedidos de Providências; pelo Vereador Haroldo de Souza, 01 Pedido de
Providências e o Projeto de Resolução nº 039/03 (Processo nº 1862/03); pelo
Vereador João Carlos Nedel, 13 Pedidos de Providências e o Projeto de Lei do
Legislativo nº 071/03 (Processo nº 1793/03); pelo Vereador Luiz Braz, 01 Pedido
de Providências; pelo Vereador Raul Carrion, os Projetos Lei do Legislativo nºs
066, 068 e 077/03 (Processos nºs 1761, 1763 e 1824/03, respectivamente); pelo
Vereador Reginaldo Pujol, 04 Pedidos de Providências; pelo Vereador Wilton
Araújo, 01 Pedido de Providências. Também, foi apregoado Requerimento de
autoria do Vereador Carlos Alberto Garcia, deferido pelo Senhor Presidente,
solicitando o desarquivamento do Projeto de Lei do Executivo nº 057/96 (Processo
nº 2563/96). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nºs 002/03, da Vereadora Lori
Mertins, Presidenta da Câmara Municipal de Novo Barreiro – RS; 006/03, do
Vereador Benone de Oliveira Dias, Presidente da Câmara Municipal de São Nicolau
– RS; 007/03, da Vereadora Nara Alegre Piegas, Presidenta da Câmara Municipal
de Itaqui – RS; 009/03, do Vereador Délcio da Silva, Presidente da Câmara
Municipal de Portão – RS; 015/03, do Vereador Pedro Chites Steffen, Presidente
da Câmara Municipal de Morrinhos do Sul – RS; 031/03, do Vereador Gelso Negri,
Presidente da Câmara Municipal de Coxilha – RS. A seguir, constatada a
existência de quórum, foi aprovado o Requerimento nº 083/03 (Processo nº
1904/03 - Requer autorização para representar externamente esta Casa na Assembléia
da Articulação por uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, a ser realizada
no dia vinte e cinco de abril do corrente, em São Paulo - SP, com percepção de
passagens aéreas), de autoria do Vereador Darci Campani. Ainda, foi aprovado o
Requerimento nº 066/03 (Processo nº 1212/03 - Sessão Especial para discutir a
Segurança Pública no Município de Porto Alegre e para apresentar o Plano de
Segurança da Secretaria Estadual da Justiça e da Segurança e da Secretaria
Municipal de Segurança e Direitos Humanos), de autoria do Vereador Wilton
Araújo. Na ocasião, face Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos
Vereadores Juarez Pinheiro e Raul Carrion, o Senhor Presidente prestou
esclarecimentos acerca do artigo 105 do Regimento, que versa sobre a ordem das
proposições a serem votadas na Ordem do Dia. Também, por solicitação do
Vereador Dr. Goulart, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma
ao Senhor Éveres Augusto Figueiredo dos Santos, ex-Presidente do Sindicato dos
Enfermeiros no Estado do Rio Grande do Sul, falecido no dia vinte e um de abril
do corrente, tendo o Vereador Marcelo Danéris manifestado-se a respeito. Em
prosseguimento, o Vereador Juarez Pinheiro formulou Requerimento verbal,
deferido pelo Senhor Presidente, solicitando a relação de todas as proposições
constantes na Ordem do Dia de hoje. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram:
em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 027, 046 e 019/03, este
discutido pelos Vereadores Sebastião Melo, Zé Valdir e Darci Campani, 033/03,
discutido pelos Vereadores Ervino Besson e Darci Campani, e 034/03, discutido
pelo Vereador Carlos Alberto Garcia, os Projetos de Resolução nºs 023 e 025/03;
em 3ª Sessão, os Projetos Lei do Legislativo nºs 028 e 040/03, os Projetos de Resolução
nºs 018, 028, 031, 032 e 029/03, este discutido pelo Vereador Ervino Besson. Na
oportunidade, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento de
autoria do Vereador Elias Vidal, solicitando a retirada de tramitação do
Projeto de Lei do Legislativo nº 034/03 (Processo nº 1260/03). Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, o Vereador Pedro Américo Leal protestou contra o tratamento
dispensado por autoridades do serviço de imigração argentina à família do
ex-Deputado Federal Adolfo Fetter Júnior, por ocasião de incidente ocorrido no
dia dezoito de abril do corrente, quando a filha de Sua Senhoria foi barrada no
Aeroporto Internacional de Ezeiza, em Buenos Aires, Argentina, sob a alegação
de problemas no documento de identidade. Na ocasião, o Vereador Cláudio Sebenelo
formulou Requerimento verbal, solicitando que a Presidência deste Legislativo
formalizasse seu repúdio ao incidente relatado pelo Vereador Pedro Américo Leal
em seu pronunciamento em Comunicação de Líder, tendo o Senhor Presidente
prestado esclarecimentos sobre o assunto. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora
Clênia Maranhão teceu considerações a respeito das obras de restauração que
estão sendo realizadas em prédios históricos da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul - UFRGS, comentando visita feita por Sua Excelência a esses
locais. Nesse sentido, propugnou pelo engajamento dos Senhores Vereadores, com
o intuito de contribuírem na defesa desses patrimônios culturais do Município
de Porto Alegre. O Vereador Haroldo de Souza elogiou a inauguração de restaurante
popular situado na Avenida Polônia, por convênio entre a iniciativa privada e o
Executivo Estadual e criticou o Governo Municipal em relação à política
educacional adotada nas escolas públicas. Ainda, referiu-se ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 044/03, que modifica a posição das roletas nos ônibus e
questionou a validade do Projeto de Lei do Executivo nº 078/02, que autoriza a
permuta de imóveis. O Vereador Isaac Ainhorn divergiu da possibilidade de
cobrança de impostos, no âmbito federal, sobre o trabalho prestado por
estagiários e empresas contratantes dessa mão-de-obra, citando artigo publicado
pelo escritor Arnaldo Niskier no jornal Folha de São Paulo do dia vinte e dois
de abril do corrente, onde é enfocada essa possibilidade. Também, solidarizou-se
com o Senhor Adolfo Fetter Júnior pelo incidente acontecido com Sua Senhoria no
Aeroporto de Ezeiza, na Argentina. O Vereador Elias Vidal dissertou sobre a
cultura de vegetais comestíveis através da técnica da hidroponia, enfatizando a
importância desse método de cultivo como um dos caminhos viáveis para o aumento
da produção de alimentos que, segundo Sua Excelência, podem ajudar a diminuir a
fome no Brasil. Em relação ao tema, apresentou fotografias de áreas onde foi
desenvolvida essa técnica agrícola, defendendo maior incentivo à implantação da
hidroponia no Município. O Vereador Marcelo Danéris pronunciou-se
favoravelmente aos quinze anos de Governo Municipal do Partido dos
Trabalhadores em Porto Alegre. Relativamente ao assunto, enalteceu conquistas
obtidas durante esse período, como a aplicação do Programa de Orçamento
Participativo, a qualificação no serviço de transporte público urbano, a
conclusão da III Perimetral e o reconhecimento da Capital como referência em
aplicação de políticas ambientais. O Vereador Luiz Braz referiu-se ao
pronunciamento efetuado pelo Vereador Marcelo Danéris, lembrando avanços
propiciados pela Constituição Federal de mil novecentos e oitenta e oito aos municípios
brasileiros. Também, alegou ter o Partido dos Trabalhadores dificultado a
implementação de reformas estruturais no País durante o período em que o Senhor
Fernando Henrique Cardoso exerceu o cargo de Presidente da República. Na ocasião,
o Senhor Presidente registrou a presença do Vereador Ildo Mussnich Britto, do
PSB de Viamão – RS. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Carlos Alberto Garcia
solicitou à Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro informações acerca de
atos administrativos do Senhor Luís Augusto Barcellos Lara, Secretário Estadual
do Turismo, Esporte e Lazer, relativos ao provimento de cargo diretivo ligado a
essa pasta. Ainda, denunciou constrangimento sofrido por familiar de Sua
Excelência no dia dezenove de abril do corrente no Centro Estadual de
Treinamento Esportivo – CETE. O Vereador Raul Carrion discorreu sobre as dificuldades
pelas quais passa o Sistema de Previdência Social no Brasil, atribuindo parte
desse quadro a fatores como a inadimplência de órgãos públicos, o desemprego e
a prática de trabalho informal, entre outros. Nesse contexto, procedeu à
leitura de cópia de documento elaborado pelo PC do B e enviado ao Ministério da
Previdência Social, relativo à proposição de políticas a serem implementadas no
setor de Previdência Social no País. O Vereador Reginaldo Pujol, reportando-se
ao discurso proferido pelo Vereador Carlos Alberto Garcia em Comunicação de
Líder, comprometeu-se a encaminhar o questionamento relativo ao provimento de
cargo diretivo ligado à Secretaria Estadual do Turismo, Esporte e Lazer. Ainda,
saudou a iniciativa do PC do B em colaborar com o Governo Federal, propondo
medidas que visam à solução dos problemas existentes no Sistema de Previdência
Social do Brasil. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM
DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo n°
228/01, que teve sua discussão adiada por três Sessões, a Requerimento,
aprovado, de autoria do Vereador Haroldo de Souza. Em Discussão Geral e Votação,
foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo n° 088 e 125/02. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo n° 053/02. Na
ocasião, o Vereador Sebastião Melo manifestou-se sobre os trabalhos da presente
Sessão, tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos sobre o assunto. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n°
150/02, após ser encaminhado à votação pelo Vereador Reginaldo Pujol. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo n° 054/02. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n°
164/02. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo
n° 060/02. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença do Vereador
José Alberto Pinheiro Vieira, do PPB do Município de São Luiz Gonzaga – RS. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n°
184/02, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Reginaldo Pujol, Pedro
Américo Leal, Cláudio Sebenelo e Haroldo de Souza. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n° 191/02, tendo o Senhor
Presidente, face manifestação do Vereador Isaac Ainhorn, prestou esclarecimentos
sobre a matéria, tendo o Vereador João Carlos Nedel manifestado-se a respeito.
Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n°
197/02. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo
n° 205/02, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Isaac Ainhorn,
Cláudio Sebenelo e Reginaldo Pujol. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado
o Projeto de Lei do Legislativo n° 206/02. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n° 217/02, após ser encaminhado à
votação pelo Vereador Beto Moesch. Em Discussão Geral e Votação, foram
aprovados os Projetos de Lei do Legislativo n°s 218/02 e 007/03. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução n° 014/02. Na oportunidade,
o Senhor Presidente convidou os Senhores Vereadores para participarem de café
da manhã com diversas entidades, a ser realizado no dia vinte e nove de abril
do corrente, às oito horas e trinta minutos, no restaurante deste Legislativo.
Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução n° 029/02,
após ser encaminhado à votação pelo Vereador Reginaldo Pujol. Em Discussão
Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Resolução n°s 106/02, 003 e
005/03. Na ocasião, face manifestações do Vereador Reginaldo Pujol, o Senhor
Presidente prestou esclarecimentos sobre os trabalhos da presente Sessão. Às dezessete
horas e dois minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a
Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pelos Vereadores João Antonio Dib e Elói Guimarães e secretariados pela
Vereadora Maria Celeste. Do que eu, Maria Celeste, 1ª Secretária, determinei
fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será
assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação autorização para representar
esta Casa na Assembléia de Articulação por uma Política Nacional de Resíduos
Sólidos, no dia 24 de abril de 2003. Foi indicado o Ver. Darci Campani. A
duração é de apenas um dia, em São Paulo, e o custo são as passagens aéreas. Em
votação o Requerimento n.º 083/03, de autoria do Ver. Darci Campani. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento
do Ver. Wilton Araújo. É um referendum,
eis que a Mesa, em razão dos Vetos, já o havia aprovado, solicitando a
realização de uma Sessão Especial no dia 1.º de abril, às 10h , tendo como
pauta a Segurança Pública no Município de Porto Alegre e a apresentação do
Plano de Segurança da Secretaria Estadual de Justiça. Já havia sido ...
(Manifestação
do Ver. Cláudio Sebenelo, inaudível.)
Exatamente.
Pelos Vetos, foi modificado, e o Ver. Cláudio Sebenelo me chama a atenção. Foi
transferida do dia 1.º para o dia 29 de abril, e, como ainda havia Vetos a serem
votados, a Mesa autorizou ad referendum
do Plenário, que eu creio que não colocará dúvidas de que é um assunto de
interesse para o Município.
Em
votação o Requerimento nº 066/03, de autoria do Ver. Wilton Araújo. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Sr. Vereador-Presidente,
João Antonio Dib, saúdo V. Ex.ª e, com fundamento no art. 105 do Regimento,
faço Questão de Ordem. O art. 105 do Regimento diz que a Ordem do Dia será
organizada com as seguintes prioridades:... E, daí, elenca as prioridades do
inc. I ao inc. X, começando com redação final, proposições votadas e propostas
de emenda à Lei Orgânica etc, etc, etc. Verifiquei que, no espelho que expressa
a organização da Ordem do Dia, estão subtraídas uma série de proposições com
hierarquias superiores às que estão colocadas no espelho. Não tenho nenhuma
dificuldade em aceitar qualquer acordo que as Lideranças fizerem no sentido de
organizar uma votação. Eu sempre compartilho das decisões através do Líder do
meu Partido, assim como os demais colegas Vereadores. Na verdade, o que não
podemos aceitar, Sr. Presidente - além de se tratar de uma Questão de Ordem
legal e regimental, até é a linha adotada pelo Presidente de sempre obedecer ao
Regimento -, é que sejam subtraídas da organização da Ordem do Dia uma série de
proposições. Repito: não há nenhuma discordância quanto a acordos feitos;
agora, a organização da Ordem do Dia dá-se pelo art. 105, expressa aqui no
espelho, que alguns chamam de agenda; tem de seguir todas as propostas que
estão para a Ordem do Dia.
Então,
Sr. Presidente, além da Questão de Ordem, faço um Requerimento no sentido...
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Respondo a Questão de Ordem de V. Ex.ª,
nobre Vereador.
O SR. JUAREZ PINHEIRO: ...No sentido de que sejam recolhidas
essas agendas ou espelhos e redistribuídos. Faço o Requerimento para que sejam
redistribuídos com todas as proposições e, se houver acordo, que seja
distribuída apenas uma folha com os acordos feitos.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, respondo a Questão de
Ordem de V. Ex.ª.
O SR. JUAREZ PINHEIRO: Por fim, Sr. Presidente, agradecendo a
paciência de V. Ex.ª, pediria que o Regimento não fosse quebrado. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, respondo a Questão de
Ordem de V. Ex.ª, dizia eu, e o faço inicialmente cumprimentando-o pela agudeza
de espírito de ter observado que a Ordem do Dia foi alterada. No entanto, devo
dizer a V. Ex.ª que, desde a primeira reunião da Mesa e Lideranças,
praticamente foi acertado isso, para que não ocorressem no Plenário aquelas
reiteradas solicitações de alteração da seqüência da Ordem do Dia. Como
tínhamos os Vetos, colocamos hoje matéria que não seria, de forma nenhuma,
capaz de trazer grandes discussões e que está parada aqui há muito tempo. Por
isso, a Mesa, mais precisamente o Presidente, ousou praticamente violar o
Regimento, porque ele é todos os dias violado; quando se faz o espelho,
gasta-se o dinheiro do povo, e ele não é respeitado. Portanto, a Mesa entendeu
que essa seqüência era a correta e que não iria ferir o Regimento, porque a
Ordem do Dia pode, sem dúvida nenhuma, ser, como se acertou na primeira reunião
da Mesa e Lideranças, elaborada antes de vir ao Plenário.
O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, agradecendo, porque se
trata de uma matéria importante, em primeiro lugar, quero deixar claro que a
minha inconformidade não se dá sob o ponto de vista subjetivo, porque sei que
V. Ex.ª teve a melhor das intenções em tentar organizar a Ordem do Dia, mas a
intenção - que foi positiva no sentido de agilizar a nossa Sessão - não pode,
de forma alguma, criar um precedente, porque se, no mínimo, houvesse ocorrido
uma reunião de Líderes, que houvesse estabelecido esta ordem, ainda vá lá, mas
sequer houve a reunião de Líderes estabelecendo, Sr. Presidente, e o art. 105
do Regimento... Apelo, Presidente, porque não se trata dessa questão da Sessão
de hoje. A minha preocupação, porque eu tenho total concordância, e o meu Líder
e a nossa Bancada também, é que sejam votadas exatamente as proposições que V.
Ex.ª determinou que fossem alencadas na agenda. Não há discordância; agora, V.
Ex.ª não pode, de moto próprio, embora a autoridade de presidência e autoridade
moral que detém com sete mandatos, simplesmente se suprimir do Regimento, art.
105, que determina a ordem de colocações. Os acordos são possíveis de serem
feitos, tanto aqui no Plenário quanto nas reuniões de Lideranças.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, já não é mais Questão de
Ordem.
O SR. JUAREZ PINHEIRO: Aqui, Sr. Presidente, há uma observação
de que tem que constar conforme determina o Regimento com a seqüência:
alterações da Lei Orgânica, alterações às Leis Complementares, Leis Ordinárias,
Resoluções, etc, etc. Sr. Presidente, esse é meu apelo, para não abrir um
precedente.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Mesa se alicerça, sem dúvida nenhuma,
num precedente e um precedente inteligente e claro. No fim do ano passado, as
Lideranças reuniram-se e escolheram trinta e três projetos de lei para serem
votados, inclusive sortearam a ordem de votação. E, no início dos trabalhos
desta Sessão Legislativa, a Mesa e as Lideranças entenderam que nós deveríamos
fazer assim para que não ocorra todos os dias o que está ocorrendo agora com a
Questão de Ordem de V. Ex.ª, quando nós estamos discutindo algo que V. Ex.ª
mesmo diz que é muito bom para o andamento dos trabalhos da Casa.
O SR. RAUL CARRION (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu acho que esse tipo de
funcionamento exigiria uma reunião de Mesa e Lideranças.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, eu entendo a colocação
de V. Ex.ª.
O SR. RAUL CARRION: Só para concluir, meu Presidente.
Observei que eu tenho um Projeto, que já havia discutido com as Lideranças, que
precisa ser votado hoje para ser entregue o prêmio na homenagem ao dia 1º de
Maio. Os meus dois Projetos que estão aqui, um é o penúltimo, e o outro é o
último, sendo que um tem a urgência de segunda-feira. Esta é uma preocupação.
O SR. RAUL CARRION: Que instalou esta Ordem do Dia não; têm
de ser consultadas as Lideranças, Sr. Presidente.
O SR. RAUL CARRION: O que nós discutimos é que seria uma
reunião de Mesa e Lideranças que ordenaria os projetos. E essa reunião de Mesa
e Lideranças não ocorreu.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, houve, sim, a reunião de
Mesa e de Lideranças e já foi acertado que nós faríamos isso. A Mesa e as
Lideranças sentaram e escolheram trinta e três projetos - como foi no ano
passado. Enquanto não forem votados os trinta e três, nenhum outro entrará na
Ordem do Dia, a não ser que seja um veto, a não ser que seja um projeto de
urgência para a Cidade.
O SR. RAUL CARRION: Concluindo com brevidade, como é feito na
Assembléia: reúnem-se a Mesa e as Lideranças e determinam a ordem dos Projetos.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Mesa está presente diariamente na Casa;
as Lideranças, às vezes, não estão e, eventualmente, ocorre um problema.
O SR. RAUL CARRION: Mas tem que ser chamada uma reunião de
Mesa e Lideranças, meu Presidente.
O SR. DR. GOULART (Requerimento): Sr. Presidente, destaco nessa verdadeira
epidemia de causas externas que houve nesse fim de semana grande, em que mais
de trinta pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito, a morte do
Presidente do Sindicato dos Enfermeiros, um homem que trabalhou muito pela
Saúde e que organizou, o melhor que pôde, o serviço de emergência de
pronto-atendimento do posto da Cruzeiro do Sul, do PAM-3.
Eu
solicito a V. Ex.ª, com muito pesar, que essa liderança tão jovem, que tanto
iria trabalhar pela Saúde da nossa Cidade, do nosso Estado e do nosso País,
tivesse saudada a sua memória com um minuto de silêncio para o enfermeiro
Éveres Augusto Figueiredo dos Santos, nosso amigo, e a pedido dos funcionários
do PAM-3, principalmente da Psiquiatria daquele local.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Deferido o pedido de V. Ex.ª O Ver.
Marcelo Danéris está com a palavra.
O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, a Bancada do Partido dos
Trabalhadores gostaria de reforçar o apoio a esse Requerimento do Ver. Dr.
Goulart, por se tratar de um lutador social importantíssimo para nós, que a
sociedade de Porto Alegre, gaúcha, perde e, também, por se tratar de um
militante do Partido dos Trabalhadores, que era um companheiro valiosíssimo
para nós. Estamos respaldando o Requerimento.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Complementado o Requerimento do Ver. Dr.
Goulart pelo Ver. Marcelo Danéris, faremos um minuto de silêncio em homenagem
ao ilustre morto.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Requerimento): Sr. Presidente, o meu Requerimento não
foi respondido, mas, então, faço um novo Requerimento. Eu gostaria de receber
uma relação de todos os projetos e proposições que estão na Ordem do Dia.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Aí, realmente, eu peço escusas, porque,
na realidade, quando V. Ex.ª formulou a sua Questão de Ordem eu não “pesquei” o
Requerimento simultaneamente. Mas, de qualquer forma, V. Ex.ª vai receber.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
2.ª
SESSÃO
PROC. 0965/03 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 019/03, de
autoria da Ver.ª Berna Menezes, que
altera a Lei n.º 7.958, de 8 de janeiro de 1997, que dispõe sobre o reajuste da
tarifa do transporte coletivo do Município e dá outras providências.
PROC. 1226/03 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 027/03, de
autoria do Ver. Paulinho Ruben Berta, que
estabelece a obrigatoriedade de divulgação do montante de recursos destinados à
propaganda institucional, discriminados por segmento.
PROC. 1248/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º
023/03, de autoria do
Ver. Wilton Araújo, que institui a
Medalha Avenida Cultural Clébio Sória.
PROC. 1256/03 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 033/03, de
autoria do Ver. Elias Vidal, que
permite a instalação de estufas hidropônicas em áreas públicas ou particulares.
PROC. 1260/03 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 034/03, de
autoria do Ver. Elias Vidal, que
proíbe a circulação de pedestres e de veículos no Parque Farroupilha (Parque da
Redenção), após as 22 horas, e dá outras providências.
PROC. 1270/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º
025/03, de autoria do
Ver. Pedro Américo Leal, que altera
a Resolução n.º 1.178, de 16 de julho de 1992, e dá outras providências,
Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre. (altera denominação da Comissão
de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos)
PROC. 1566/03 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 046/03, de
autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
cria, no âmbito do Município de Porto Alegre, creches para idosos.
3.ª SESSÃO
PROC.
1459/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 040/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Viaduto Clovis Pestana a
passagem de nível da Avenida Dom Pedro II, que transpõe a Avenida Benjamin
Constant.
PROC.
1463/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 031/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre
ao Engº Carlos Geyer Rodrigues.
PROC.
1491/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 032/03, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao músico
Carlos Farias Medina.
PROC.
1159/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 018/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que concede o título honorífico de Líder Comunitário ao Senhor
João Alves dos Santos.
PROC.
1247/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 028/03, de autoria do Ver. Darci Campani, que institui o Dia Municipal dos
Resíduos Sólidos no Município de Porto Alegre.
PROC.
1448/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 028/03, de autoria do Ver. Elias Vidal, que concede o título honorífico de Líder Esportivo ao Técnico de
Atletismo do Sport Club Internacional Antônio Pereira Amaral.
PROC.
1457/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 029/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que concede o título honorífico de Honra ao Mérito Policial ao
Delegado da Polícia Federal Nicio Brasil Lacorte.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente. Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores. Sr. Presidente, com a permissão de V. Ex.ª,
vou-me desviar da discussão de Pauta para saudar o nosso colega Vereador de
Viamão, Sr. Nestor Malta.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Seja bem-vindo.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Hoje, o Ver. Nestor Malta vem tratar
conosco sobre o assunto do Terminal da Sepúlveda, porque Viamão é o único
Município da Grande Porto Alegre que ainda não tem um terminal digno como os
demais Municípios. Seja bem-vindo e o Presidente já o saudou.
Hoje
no período de Pauta há dois projetos que gostaríamos de comentar. O primeiro, é
relativo ao Projeto do Ver. Elias Vidal, que proíbe a circulação de pedestres e
de veículos no Parque Farroupilha - Parque da Redenção - após as 22h e dá
outras providências. No artigo 1.º, que o Vereador ressalta, fica proibida a
circulação de pedestres e veículos no interior do Parque Farroupilha após as
22h, poderíamos, primeiramente, questionar sobre o direito de ir e vir.
Ver.
Elias Vidal, V. Ex.ª que está sempre preocupado com a violência, gostaria que
V. Ex.ª buscasse os dados de violências ocorridas no interior do Parque da
Redenção. Perguntaria, para V. Ex.ª e para os demais Vereadores: que pessoas
poderiam abordar o Parque da Redenção após as 22h? Vereador, Coronel, Psicólogo
e Chefe de Polícia Pedro Américo Leal, que tipo de pessoa poderia circular na
parte interior do Parque Farroupilha após as 22h? Seria para fazer um passeio
tranqüilo, para ver as árvores, olhar o céu, a lua? Gostaria de conceder um
aparte ao Vereador, porque fiz a provocação justamente para isso.
O Sr. Pedro Américo Leal: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ilustre Ver. Carlos Alberto Garcia, sou pela limitação do Parque da
Redenção, porque quem atravessa aquele parque depois das oito horas da noite?
Ninguém. Então para quem está aberto, para quê? Não sei! É para indivíduos que
não têm o que fazer, marginais, ladrões que o ocupam. Há uma gama de cidadãos
em Porto Alegre que teima em não cercar o Parque, é claro que vai haver uma
despesa muito grande... paciência.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: E eu sou um daqueles que não quer, mas
justamente fiz esta provocação, e também ao Ver. Elias Vidal, para a gente
poder...
O Sr. Pedro Américo Leal: Todas as praças do Rio de Janeiro são
cercadas, na Zona Sul, a Praça de Santana, todas foram cercadas. Nós, aqui,
continuamos neste sonho tremendo de que não vamos ter problemas com o Parque da
Redenção e ninguém atravessa aquilo ali!
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Mas Vereador, V. Ex.ª não me respondeu
que pessoas passam após as 22h....
O Sr. Pedro Américo Leal: São malandros, vagabundos, criminosos. É
isso que completa, que povoa o Parque da Redenção de noite, de madrugada. No
entanto, teimam em conservá-lo.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Eu vou dar rapidamente um aparte, eu só
tenho um minuto e depois eu não vou poder...
O Sr. Pedro Américo Leal: Acho que vem aqui um defensor. E eu não
vou deixá-lo falar, porque é democrática a fala, então eu não vou deixá-lo
falar. Vamos continuar a nossa conversa.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Vereador, então eu vou pegar o seu
aparte porque entendo que...
O Sr. Darci Campani: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Infelizmente o Ver. Pedro Américo Leal não deve ter ido na
inauguração do bar que há hoje, o café que há dentro da Redenção, que funciona
até um horário avançado e que tem dado muito prazer a muitas pessoas que
conseguem ir ali para o seu lazer, e não para nenhuma atividade não-legal.
O Sr. Pedro Américo Leal: Desloca o café ou fecha o café!
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Eu quero voltar, eu tenho quinze
segundos, rapidamente, para falar,
mas acho que este é um tema importante, até porque o Ver. Elias Vidal está
tentando aglutinar este Projeto com o seu Projeto de cercamento, mas eu volto a
dizer, e vou voltar...
O Sr. Elias Vidal: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Vereador, só dois
segundos. Este Projeto está arquivado.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Ah, está arquivado? Então, Ver. João
Antonio Dib, houve um erro aqui, porque o Ver. Elias Vidal nos informa agora
que o PLL n.º 034/03 está arquivado; e hoje, pelo que eu li, está em 2.ª Sessão
de Pauta. Então, Ver. João Antonio Dib, eu vou requerer um novo tempo para
falar de um outro Projeto, já que este está arquivado.
Inscrevo-me
novamente.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, evidentemente o Projeto
não está arquivado, até porque eu olho aqui o documento que entrou agora e não
tem a assinatura do Presidente autorizando o arquivamento. V. Ex.ª estava
discutindo certo, não há tempo perdido.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Eu só me baseei no fato...
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Mas eu vou, neste momento, autorizar o
arquivamento, já que o Vereador pede.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Muito obrigado, Sr. Presidente. E,
oportunamente, falarei em um outro Projeto que está em Pauta. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o Requerimento de
arquivamento do PLL n.º 034/03, de autoria do Ver. Elias Vidal. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADO. Agora, sim, está arquivado
O
Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, meu querido Ver. Reginaldo Pujol, leio com
atenção o Projeto que tramita nesta Casa, de autoria da Ver.ª Berna Menezes. E
eu confesso que li várias vezes e que não compreendi, e, portanto, quero socializar
as minhas preocupações. Ela faz um Projeto acabando com o gatilho no reajuste
da passagem de ônibus de Porto Alegre. Imaginava, eu, que a trabalhadora,
lutadora das causas operárias pudesse caminhar em duas direções. Primeiro,
dizer que esta Casa poderia se manifestar quando do aumento das passagens,
poderia ser um eixo de discussão. Mas poderia ser outro eixo de discussão de
dizer: olha eu sou do Governo, este Governo que está aí, no último ano, aplicou
50% de aumento na passagem de ônibus, de fevereiro de 2002 a fevereiro de 2003;
eu vou limitar pelo IPC, pelo salário mínimo, seria um outro eixo de discussão.
Não, mas ela diz que está acabando com o gatilho para defender os
trabalhadores. Bom, eu só posso entender que ela deve ter tido, quem sabe, encontros
periódicos com o Governo do Lula, que está prevendo uma inflação, quem sabe, de
8 ou 9% ao mês, porque ela está dizendo que do jeito que está aí os empresários
de ônibus poderiam dar reajuste mensalmente. Então, eu não entendi.
A
Vereadora não está aqui, mas eu imaginava, Ver. Pedro Américo Leal, em
fevereiro de 2002, a passagem de ônibus custava 85 centavos, nesta Cidade; em
outubro se reajustou para 1 real e 10 centavos; e, agora, em fevereiro de 2003,
se reajustou para 1 real e 45 centavos. Se eu acumular isso, Ver. Dr. Goulart -
e lá atrás tinha registrado mais 16% , se eu somar os dezesseis, de fevereiro
de 2002; mais os dezesseis, de outubro; e mais os dezesseis de agora, acumuladamente, eu chego a 50% de aumento na
passagem de ônibus. Isso é um absurdo!
E
eu imaginava que alguém que é do Governo e que diz que defende o povo deveria
fazer um projeto, então, dizendo o seguinte: “Não, eu vou limitar o aumento da
passagem de ônibus no salário mínimo.” Porque o povo trabalhador, lá da rua,
esse ganha o salário mínimo; o povo que anda de ônibus é o povo pobre, não é o
que anda na Mercedes, não é o que anda no “Fusquinha”, é o que anda de ônibus.
Então,
nós temos tentado colocar em pauta este debate. Eu acho que a Prefeitura de
Porto Alegre tem sido, Ver. Reginaldo Pujol, “fiscalista” e conservadora,
porque ela quer, cada vez mais, arrecadar. Na passagem de ônibus daqui não há
subsídio, absolutamente nenhum centavo. Quem paga é o trabalhador. E eu quero
dizer que tenho uma visão muito crítica dessas isenções que foram-se concedendo
ao longo do tempo. Porque, hoje, já não sei se são dezoito, eu não sei se são
quinze, eu não sei se são doze, eu sei que é muita gente, que até pode,
merecidamente, não pagar passagem; agora, se essas pessoas não pagassem a
passagem, Ver. Juarez Pinheiro, e o Poder Público pagasse por elas, eu não
estaria penalizando quem paga passagem. Agora, na medida em que o Poder Público
não coloca um centavo e que eu isento, a cada dia, mais pessoas,
conseqüentemente, isso não está correto. Então, nós achamos que este Projeto,
com todo o respeito que me merece a Vereadora, é um Projeto que não se sustenta
pelo seu embasamento, pelas suas razões. Porque para defender o povo, como diz
a Vereadora, e o povo pobre, está dizendo aqui nas exposições de motivos que
esse Projeto é para defender o povo pobre, para defender o povo pobre, Ver.
Reginaldo Pujol, eu teria de vincular a passagem ao IPC, que é o Índice de
Preços ao Consumidor; ao salário mínimo. Assim, anualmente, ou semestralmente,
o ônibus só vai poder reajustar de acordo com o IPC, de acordo com o salário
mínimo. Agora, retirar o gatilho, quando, talvez, hoje, ainda o gatilho seja a
única sobrevivência?
Nós
temos uma outra visão: nós achamos que a passagem de ônibus tem que passar por
esta Casa. Até se pode limitar e dizer que, pelo IPC, o Prefeito pode
reajustar; que, pelo salário mínimo, o Prefeito pode reajustar. Se passar
disso, o Prefeito tem de dar satisfação para a coletividade e para o coletivo
desta Casa, Ver. Luiz Braz.
Nós
achamos que este Projeto defende os interesses dos empresários e não defende os
interesses dos trabalhadores. Pelo contrário, a redação da exposição de motivos
deveria ser invertida, pois este Projeto não é para defender os trabalhadores;
para defender os trabalhadores ele teria que ser em outra direção, em outro
eixo, em um outro encaminhamento. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Ervino Besson está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sr.ªs
Vereadoras, senhoras e senhores, pessoas que nos acompanham nas galerias e pela
TV Câmara, saúdo todos. Em 2.ª Sessão de Pauta está o PLL n.º 033/03, de
autoria do Ver. Elias Vidal, que traz a esta Casa uma discussão de extrema
importância para que as comunidades, a sociedade como um todo permita a
instalação de estufas hidropônicas em áreas públicas ou particulares.
O Sr. João Bosco Vaz: O que é isso?
O SR. ERVINO BESSON: São estufas, Vereador, para que as pessoas,
em espaços pequenos, possam produzir, principalmente na linha de folhosos,
produtos com que as pessoas possam amenizar seu custo para o sustento de seus
familiares.
Inclusive,
agora, quando se discute, em nível de Brasil, o combate à fome, o Ver. Elias
Vidal traz um assunto extremamente importante para esta Casa.
Vereador,
só vou alertar V. Ex.ª, que se preocupa muito também com as pessoas que têm
grandes dificuldades para a sua sobrevivência... E nós sabemos que nenhum país
do mundo tem um solo tão rico como é o solo aqui do Brasil, onde se produz
alimento em qualquer canto em que se plante. Só que, infelizmente,
lamentavelmente, hoje, a nossa perda de hortifrutigranjeiros, ainda, aqui em
nosso País, em nosso Estado, chega a 30%. E se poderia, com isso que se perde,
amenizar sofrimentos e a fome de muitas pessoas neste País. Mas é um Projeto
interessante, é um Projeto que traz à tona uma discussão a esta Casa. Daqui
podem sair idéias para que as pessoas se conscientizem para não colocarem
produtos fora e sim para aproveitá-los para amenizar a fome do nosso povo.
Saúdo o Ver. Elias Vidal.
O
outro Projeto é do nobre colega Ver. Haroldo de Souza, em 3.ª Sessão de Pauta.
O Ver. Haroldo de Souza concede o Título Honorífico de Honra ao Mérito Policial
ao Delegado de Polícia Federal Nício Brasil Lacorte. Brilhante a idéia do
Vereador. O Delegado Lacorte - eu estou com uma lembrança muito viva na minha
memória -, na época do ágio da farinha de trigo, um ágio extremamente elevado,
quando as panificadoras, os padeiros – muitos dos nossos queridos padeiros
ouvem e assistem ao debate desta Casa, especialmente pelo Canal 16, da TV
Câmara –, para adquirirem o seu principal produto, que é a farinha de trigo,
tinham que pagar um grande ágio, houve algumas denúncias, e eu participei de
várias audiências do Delegado Lacorte, policial de extrema competência. Há
pouco, numa forma respeitosa, de brincadeira com o Ver. Haroldo de Souza,
parabenizando o Vereador por essa idéia, eu disse assim: “Vereador, aquele
corpo franzino do Delegado Lacorte, mas uma extraordinária competência, como
policial preparado, pelo trabalho que ele tem feito não só aqui no Estado, mas
em nível de Brasil, nos anos setenta, a respeito do ágio da farinha. Eu acho
que todo panificador tem uma grande lembrança de tudo aquilo, daquelas
audiências, de um trabalho, como já disse, que o Delegado Lacorte, com a sua
competência, tem prestado aos nossos queridos panificadores aqui do nosso
Estado do Rio Grande do Sul. A Câmara vai ter a oportunidade de estar aqui,
tenho certeza que com a maioria dos Vereadores, prestando essa grande e
merecida homenagem ao Delegado Lacorte. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra para discutir a Pauta. Ausente. O Ver. Zé Valdir está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. ZÉ VALDIR: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu, na
verdade, tinha me inscrito na Pauta para discutir Projeto do Ver. Elias Vidal,
que foi retirado de Pauta e que trata da questão do Parque da Redenção. Eu
justamente iria fazer um questionamento sobre a questão da legalidade, que é o
direito de ir e vir das pessoas. Como esse Projeto foi retirado, eu aproveito
para discutir o Projeto da Ver.ª Berna Menezes, que está também em Pauta no dia
de hoje. Da mesma forma que o Vereador que me antecedeu, eu também tenho
algumas dúvidas sobre o Projeto. Eu, como o Ver. Sebastião Melo, entendi que a
Vereadora retirou uma regulamentação e não colocou um outro indicador de como
proceder com relação aos reajustes das tarifas de ônibus. Eu quero dizer que a
idéia que o Ver. Sebastião Melo levantou - não defendeu, mas levantou como
hipótese -, para mim, ela está totalmente descartada: de a Câmara voltar a
fixar o preço das passagens, ou posicionar-se sobre o reajuste das tarifas,
porque essa experiência a Câmara já viveu e foi muito negativa para a sociedade
porto-alegrense. A experiência foi a seguinte: foi o autor da Lei que matou a
própria Lei depois, o Ver. Werner Becker. E a Câmara viveu dias muito
complicados, porque justamente uma tarefa que é do Executivo em conjunto com as
empresas e com a sociedade, com os usuários, foi transferida para a Câmara.
Talvez o Ver. Sebastião Melo, na época, não tenha vivido isso, mas muitos Vereadores
que estão aqui viveram essa experiência, principalmente os Vereadores mais
antigos: o Ver. Luiz Braz; o próprio Presidente, João Antonio Dib; o Ver. Elói
Guimarães; o Ver. Wilton Araújo. Foi uma experiência que a própria Câmara
avaliou, tanto que a Lei foi revogada, como experiência negativa.
Com
relação à questão do reajuste das passagens, ninguém nega a importância desse
debate e da sua necessidade, porque há o preço direto que a gente paga pelas
passagens e há o preço indireto. Por muito tempo, eu, como usuário, vivi a
experiência de pagar um preço indireto pelas passagens, que é o seguinte: como
a passagem não cobria os gastos, esse custo indireto foi traduzido em forma de
deterioração da qualidade do serviço. E aí nós tivemos aquela lamentável
experiência, durante alguns anos, de que pegávamos o ônibus no terminal, no
bairro, e, na esquina, muitas vezes, antes de sair do próprio bairro, o ônibus
quebrava. Essa experiência também não serve para a população, e quem é
trabalhador sabe disso, porque, na época, muitos trabalhadores “levavam gancho”
no serviço, perdiam serviço, por causa do transporte coletivo, que não
funcionava, pois a qualidade do transporte coletivo não conseguia ser
implementada por conta do custo, por conta da tarifa defasada. Esse preço
indireto também a população de Porto Alegre não quer pagar.
Nós
falamos sobre o custo da passagem, falamos que a passagem é cara e tal, mas nós
temos de ter um parâmetro para julgar se é cara ou não a tarifa, e o parâmetro,
para mim, tem de ser a comparação. Se nós formos comparar hoje a tarifa de
Porto Alegre com as das capitais brasileiras, nós vamos ver que ela está em
oitavo lugar, ou seja, existem sete capitais brasileiras com tarifas mais caras
do que a tarifa de Porto Alegre. E, no entanto, Porto Alegre é a número um em
valor de salário pago aos motoristas e cobradores. É a que mais bem paga os
salários dos motoristas e cobradores. E isso também tem a ver com a qualidade
do transporte coletivo em Porto Alegre.
Este
debate nós podemos fazer de diversas formas, sobre a questão do reajuste das
tarifas. Agora, tem duas coisas, para mim, que a história tem demonstrado que
Porto Alegre não quer mais viver: uma, é a experiência da Câmara em fixar as
passagens; e, outra, é nós permitirmos a decadência da qualidade dos serviços
para a população. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Darci Campani está com a palavra
para discutir a Pauta. É o último Vereador inscrito.
O SR. DARCI CAMPANI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores
presentes nesta Sessão, eu acho que um dos Projetos que eu não consegui -
infelizmente, como ele está correndo Pauta, e acho que estava com o Ver. Zé
Valdir - , realmente, é esse em relação às tarifas de ônibus. E, apesar de
estar correndo Pauta, já está nas Comissões; tem outro Projeto de Lei, se não
me engano do Ver. Sebastião Melo, que exatamente trata deste assunto de tarifa
de ônibus voltar a ser fixada pela Câmara Municipal. Eu não estava na Câmara na
época em que foi transferido para o Executivo esse poder e, realmente, creio
que tivemos um bom avanço na qualidade da discussão, porque a tarifa de ônibus
não é uma discussão política. Não existe, por exemplo, que nem na cidade de São
Paulo, onde existe uma política de compensação, onde a Prefeitura entra com
recursos para pagar parte das despesas das empresas, num rateio que é feito, e
no qual a Prefeitura arca com parte do ônus das passagens dos ônibus.
Então,
como não existe nenhum subsídio à passagem de ônibus, é um cálculo técnico, uma
planilha que é feita pelos técnicos da Prefeitura e submetida a um órgão com
participação popular; eu volto à mesma posição que eu já defendi desta tribuna:
ou nós, como Vereadores, assumimos a nossa responsabilidade como Vereadores e
mudamos a composição do Conselho Municipal de Transportes - e pode qualquer
Projeto de Lei fazer essa alteração - ou nós aceitamos que a composição do
Conselho está certa, está correta, é representativa e representa os anseios da
população de Porto Alegre.
Um
aparte para o Ver. Sebastião Melo, apesar de que o seu Projeto já está correndo
nas Comissões, não está em Pauta.
O Sr. Sebastião Melo: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Obrigado, Ver. Darci Campani. Eu não vou na direção do nosso
Projeto, não. Eu gostaria de dizer a V. Ex.ª que eu ainda não entrei com o
Projeto, relativamente ao Conselho de Trânsito. Eu estou há sessenta e oito
dias, e já comuniquei ao Presidente desta Casa que eu espero que tome
providências, porque eu fiz um pedido de informações ainda em janeiro, e eu
quero saber quantas reuniões o Conselho de Trânsito do Município fez sem ser
para tratar de tarifas de ônibus. Eu estou aguardando, diligentemente, do nosso
Poder Executivo, que informe a esta Casa.
O SR. DARCI CAMPANI: Muito bem. Mas a composição é fixada por
esta Câmara e pode ser alterada também por Projeto desta Câmara, mesmo que
tenha vício de origem.
Mas
eu me inscrevi, Ver. Elias Vidal, e deu um probleminha entre dois ou três
Vereadores que queriam discutir o seu Projeto de Lei, e como foi arquivado, a
gente aceita, respeita o posicionamento do próprio proponente.
Mas
existe outro Projeto de Lei também do Ver. Elias Vidal que eu acho que a Casa
vai ter de debater melhor e contribuir. Acho que a idéia é interessante, permitindo
a instalação de estufas hidropônicas em áreas públicas ou particulares, Ver.
Elias Vidal. Para a instalação de estufas hidropônicas em áreas particulares
não precisa autorização do Executivo e nem do Legislativo, é uma atividade
normal, legal, não precisaria constar no seu Projeto de Lei. Mas a autorização
para a instalação em áreas públicas, aí sim, compete a esta Casa criar um
Projeto de Lei; o ideal seria de iniciativa do Executivo, mas acho que também
pode ser de autoria do Legislativo, criando isso. Realmente é um fato: não
temos esta cultura da utilização, a gente tem algumas poucas áreas em Porto
Alegre. Eu lembro que, passando a Churrascaria Zequinha, onde há uma Avenida
com canteiro central, os taxistas utilizam aquela área, eles tem uma hortinha;
aqui perto do Grêmio também tem um bar que aproveitou e fez um ajardinamento da
área em frente ao bar, na praça; ficou bastante bonito, bastante aconchegante.
Eu
acho que o seu Projeto de Lei vai no sentido de que se tenha um aproveitamento
melhor das áreas públicas com a hidropônica; eu acho que até, talvez, não
restringir só à hidropônica, talvez a gente pudesse abranger um pouco mais,
conversar com a Secretaria do Meio Ambiente, que tem um Projeto de adoção das
praças, e, talvez, dentro desse Projeto de Lei colocar alguma coisa realmente
em legislação que permita a utilização não-privada, porque o fruto vai ser
obtido por um cultivo, por um trabalho na área pública, de preferência, que não
seja privatizado. Hoje, o processo de adoção de praças tem esse espírito, a
pessoa até pode colocar ali a sua propaganda, mas a área continua de uso
público.
Então,
acho que a idéia está boa, mas vamos ter de discutir bastante essa matéria,
porque, primeiro, nas áreas particulares não compete a nós permitirmos ou não a
instalação. E, nas áreas públicas, acho que temos de preservar que a área
pública seja para usofruto público na sua utilização, ou seja, o fruto colhido
na cultura hidropônica seja para bem de uma determinada população. Vamos
discutir bastante seu Projeto, porque é interessante, mas acho que precisa de
algumas correções. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Pedro Américo Leal está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Ex.mo Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, hoje, faço, desta tribuna, o registro de algo que me preocupou e me
entristeceu. O ex-Deputado Federal Adolfo Fetter Júnior, que iria comemorar as
suas Bodas de Prata, na Argentina, foi detido no aeroporto de Buenos Aires. Ele
e sua família. Foi impedido de entrar naquele País devido ao fato de a
fotografia do passaporte da sua filha de treze anos não estar atualizada. Mas a
história desagradável que caracterizou essa viagem do ex-Deputado Federal
Fetter Júnior e sua esposa, que é Deputada Estadual, na nossa Assembléia
Legislativa, foi desenrolada de maneira constrangedora. Bem sei que o argentino
é assim mesmo. Não estou aqui para agradar ninguém. A arrogância que
caracteriza o povo argentino é proverbial! Malgrado eles estarem passando por
momentos difíceis e o Brasil estar auxiliando, eles são inconvenientes e
submetem os brasileiros a constrangimentos impressionantes. Como se pode deter
um ex-Deputado Federal, uma Deputada Estadual, com sua família, ao tentar entrar
na cidade de Buenos Aires, porque não tem uma fotografia atualizada de uma
criança? Obrigando-o a voltar para Porto Alegre? E o pior: esse Deputado
Federal teve um problema cardiovascular e está internado no Centro de
Tratamento Intensivo do Instituto de Cardiologia. É preciso acabar com isso!
Todos nós sabemos que os motoristas brasileiros são maltratados, quando não
impedidos de transitarem nas estradas que conduzem a Buenos Aires. Até quando
nós vamos agüentar isso? Não estou aqui para agradar ninguém. Até quando nós
vamos agüentar isso dos portenhos? Não é só no futebol, sempre procuram nos
constranger! Até se conta uma anedota muito característica de que um dia um
cidadão, às 2h da madrugada pegou um táxi. Ver. Cláudio Sebenelo, escute esta.
Pegou um táxi no Rio de Janeiro e às 2h da manhã mandou o motorista rumar para
determinada residência. E o motorista, muito assustado, perguntou: Mas, Doutor
– era um médico – o senhor vai atender agora, com tanta sofreguidão? “Este
cidadão é um caso muito raro: é um argentino com complexo de inferioridade.” É
um argentino com complexo de inferioridade! Até quando os argentinos vão-nos
submeter a constrangimento desse naipe? O nosso ex-Deputado Fetter, meu amigo,
esteve em meu gabinete, é homem finíssimo, disputou as convenções comigo.
Disputou as convenções para o Governo do Estado pelo PPB. E recebeu dos
argentinos uma demonstração inconveniente. Submeteram-no a constrangimentos,
impedindo-o de entrar na cidade de madrugada. Ele voltou para Porto Alegre e
foi internado no Instituto de Cardiologia por uma série de dessabores que teve.
Tem que terminar isso. O argentino tem que saber que nós temos... nem encontro
a expressão, tenho de ter bastante cuidado em empregá-la na tribuna, mas é
preciso que o argentino se convença de que eles passaram por momentos difíceis
há pouco tempo, e que nós, do Brasil, os auxiliamos. E, agora, recebe o
Deputado Fetter essa demonstração de pouca aceitação, coisa que me revolta.
Utilizei o tempo de Liderança porque não gostei do que sucedeu por lá, e
acredito que todos os Vereadores também não gostaram! Argentinos, escutem: o
Brasil precisa de vocês até certo ponto! Não estamos aqui para receber mais
constrangimentos, e desaforos como recebeu o Deputado Fetter. Acho que expresso
a opinião de todos os Vereadores. A Câmara de Vereadores rejeita o que se
passou com o Deputado Fetter. Poderia ser um Deputado de qualquer partido, PT,
PFL, qualquer um, que eu viria aqui registrar o que estou reclamando, me
revoltou! E acredito que falo em nome dos trinta e três Vereadores. Não pode
continuar! O argentino tem que se colocar no seu lugar e saber que o Brasil é a
maior nação da América do Sul, e não eles.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a
palavra para um Requerimento.
O SR. CLÁUDIO SEBENELO (Requerimento): Sr. Presidente, endossando o que disse o
Ver. Pedro Américo Leal, eu requeiro que esta Casa formalize um ofício ao Sr.
Adolfo Fetter Júnior, nosso ex-deputado, mandando cópia do discurso do Ver.
Pedro Américo Leal.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Ver. Cláudio Sebenelo, respondo a
V. Ex.ª: deve ser feito por escrito e examinado pelo Plenário. Mas, enquanto o
Ver. Pedro Américo Leal falava, eu via a anuência dos Srs. Vereadores, mas, de
qualquer forma, V. Ex.ª fará Requerimento de moção de repúdio e será examinado
no Plenário.
A
Ver.ª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, uso o tempo da Bancada do meu Partido, PPS, para
compartilhar com as Sr.ªs e Srs. Vereadores a experiência que nós,
como membros da Comissão de Educação, Cultura e Esportes desta Casa, estamos
desenvolvendo neste ano sob a nossa Presidência. Fizemos a opção de fazer com
que a nossa Comissão de Cultura desenvolvesse as suas atividades externas ao
nosso Parlamento como uma forma de aproximar cada vez mais a nossa Casa das
entidades representativas dos agentes culturais do nosso Município.
A
preocupação preliminar que chegou até nossa Comissão refere-se à questão da
preservação do patrimônio cultural da nossa Cidade. Dentro dessa perspectiva,
estivemos no prédio restaurado pelo Ministério Público, conhecido como “Forte
Apache, Governo Transitório”, e, na semana passada, deslocamos a nossa Comissão
aos prédios que estão no projeto de restauração da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Em audiência que tivemos com a Ex.ma Sr.ª Reitora
Wrana Panizzi, nós, preocupados em aproximar as decisões políticas das decisões
culturais e científicas do nosso Município, acordamos com a Sr.ª Reitora que a
nossa Comissão faria uma parceria para que todos os Vereadores que assim
desejarem possam, num ato simbólico desta Casa, fazer a contribuição da parcela
do seu Imposto de Renda para a restauração dos prédios oficiais da
Universidade. Achamos importante recolocar isso da tribuna com a expectativa de
que o conjunto de Vereadores desta Casa possa se somar a essa atividade que,
para nós, tem um significado importante quando se discute o caráter da universidade
pública e o papel dos Parlamentos na luta pela universidade pública, pela sua
manutenção e pelo seu crescimento.
Conversando
com as Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores das diversas Bancadas
desta Casa, vimos que a maioria dos nossos Vereadores passou pelos bancos da
Universidade Federal, teve nos bancos da universidade pública a oportunidade do
seu aprendizado e a oportunidade de aquisição do seu diploma universitário.
Nós
achamos que, se fomos beneficiados por uma política pública na área da educação,
temos, não apenas como Vereadores, mas como cidadãs e cidadãos, que procurar
pagar um pouco do incentivo que a sociedade deu, investindo no processo
educacional de toda uma geração através de uma política de retorno, que poderá
ser dado de várias formas, através de várias ações, quer seja através de
Projetos de Lei, favorecendo o crescimento da nossa Universidade Federal, assim
também como por ações específicas, concretas e pontuais de apoio individual de
cada Parlamentar que assim desejar na sua contribuição específica, naquilo que
determina a Lei, que permite e que faz com que o cidadão possa definir como o
Governo vai usar parte do dinheiro que é repassado através do recolhimento do
Imposto de Renda.
Diante
dessa decisão que tomamos com a unanimidade dos Vereadores da Comissão de
Educação e Cultura, nós faremos, em breve, um ato solene nesta Casa, onde
receberemos a Ex.ma Sr.ª Reitora e colocaremos nesse ato emblemático
a contribuição das Sr.ªs Vereadores e Srs. Vereadores que assim
desejarem para a recuperação dos prédios históricos da nossa Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Haroldo de Souza está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, estou muito feliz no dia de hoje por causa de uma
matéria que está nos jornais de Porto Alegre a respeito do restaurante popular,
que foi inaugurado ontem e que já deveria estar em pleno funcionamento em nossa
Cidade há dois anos, exatamente, Ver. João Bosco Vaz, exatamente da maneira
como ele está funcionando, uma iniciativa do empresário Vontobel, da Coca-Cola,
que está bancando tudo e abriu, inclusive, todo e qualquer benefício que foi oferecido
pelo Governador Germano Rigotto. E o Projeto que apresentei nesta Casa era
exatamente assim. Foi aprovado, mas não teve guarida junto ao então Prefeito,
na época, o Sr. Tarso Genro.
Estou,
publicamente, aqui deste Plenário, agradecendo ao empresário e ao Governo do
Estado, e vemos ser essa uma atitude social para os carentes, para os
desempregados, também para aposentados, que terão pelo menos uma refeição digna
por dia ao preço de apenas 1 real. Estou sabendo, por intermédio da assessoria
do Governador Rigotto, que mais trinta e cinco, além desse, serão abertos em
todo o Estado do Rio Grande do Sul. Fico feliz, porque, se o meu Projeto não
foi aproveitado pelo Partido dos Trabalhadores na sua administração, está sendo
aproveitado pelos empresários de Porto Alegre, em concordância com o novo
Governo do Estado. Então, o restaurante popular é uma realidade.
Nós
tivemos aqui, esses dias, a derrubada do Veto a respeito do ensino supletivo de
1º Grau nas escolas municipais. Dizem que é inconstitucional, que não é
possível, mas aqui há uma nota do dia 9 de abril: (Lê.) “A Prefeitura de Porto
Alegre, por meio da Secretaria Municipal de Educação, convida para o ato de
assinatura da Carta de Intenções com o Consulado-Geral da França para ampliar o
ensino da língua e cultura francesa na rede municipal de ensino de Porto
Alegre.” Para colocar a língua francesa na rede municipal de ensino, a
Prefeitura de Porto Alegre se empenha; agora, para ensino supletivo de 1º grau,
de primeira necessidade para aquelas pessoas que não têm condições de pagar
cursinhos, isso é inconstitucional. Então, fica aí esse registro de que é mais
importante aprender a língua francesa na escola municipal de Porto Alegre do
que atendermos ao ensino de 1.º Grau.
Está
tramitando na Casa um Projeto de minha autoria que modifica o local da roleta
dos ônibus urbanos e dá outras providências. Eu gostaria de dar uma explicação
rápida a respeito deste Projeto – ainda estou afônico em função de uma terrível
gripe -: o afastamento da roleta é para que tenhamos espaço maior para os
idosos, aposentados e pessoas que não pagam passagem nos ônibus de Porto
Alegre. Depois de uma pesquisa que fizemos em Porto Alegre, por alguns
colaboradores, eu espero que este Projeto seja observado por todos os demais Vereadores
e que nós tenhamos sua aprovação.
Outro
assunto é a respeito do imóvel que a RBS, que a Maguefa está negociando com a
Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Isso não está me cheirando bem, apesar de
o Relator Ver. Reginaldo Pujol ter-me garantido que isso aqui está nos
“trinques”. Agora, eu não posso concordar que um imóvel que vale 4 milhões e
900 mil reais esteja sendo negociado por 2 milhões e 450 mil reais. Precisamos
de uma orientação maior, de esclarecimentos maiores, porque essa empresa Maguefa,
que é ligada à Rede Brasil Sul de Comunicações, tem o domínio absoluto da
região do Menino Deus. E esse terreno de 4 milhões de reais fica numa das
regiões mais nobres do Rio Grande do Sul. Então, estou pedindo a todos os
Vereadores e Vereadoras desta Casa que, no momento em que se votar essa
permuta, a gente veja se não tem “gato escondido em baixo da cama”. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Isaac Ainhorn, do Partido
Democrata Trabalhista, está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ISAAC AINHORN: Partido Democrático Trabalhista.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Partido Democrático Trabalhista. Eu não
esperava melhor educação de V. Ex.ª Muito obrigado pela informação.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, usando um velho adágio
que V. Ex.ª gosta: Presidente não faz polêmica, Presidente preside. Sr.
Presidente, eu gostaria aqui de trazer dois assuntos de ordem nacional e que
nos preocupam muito. Um deles é trazido pelo acadêmico Arnaldo Niskier, no
jornal Folha de São Paulo, nas
páginas de opinião, onde escreve um artigo sobre a força dos estágios, e diz o
seguinte: (Lê.) “Há um convencimento claro na sociedade brasileira” - isso é
Arnaldo Niskier quem está falando – “de que a figura do estagiário, prevista em
nossa legislação, constitui um extraordinário avanço. São milhões de jovens
atendidos em programas beneméritos, como os executados pelo CIEE - Centro de
Integração Empresa-Escola -, no País inteiro, que se valem da iniciativa para
obter nas empresas o que significa a sua primeira oportunidade de contato com o
mundo do trabalho. Quando se assinalam estes fatos” - diz o acadêmico e
escritor Arnaldo Niskier – “ouve-se falar de uma ameaça à quase destruição do
sistema de estágios por uma hipotética proposta de cobrança de impostos na
remuneração desses jovens logo no início de sua vida laborativa.”
Parece
que o furor fiscal, que nós porto-alegrenses já conhecemos, de parte da
Administração Municipal atinge também a órbita federal. Vejam, V. Ex.ªs,
aqui assinalada a importância que têm os estágios na vida dos jovens. É a única
forma, é o único mecanismo que hoje nós encontramos, Srs. Vereadores, de
acolhida para os jovens no período da sua idade escolar, seja no curso
secundário, no 2.º Grau, como também na universidade, e, agora, fala-se numa
hipótese de uma tributação sobre esse trabalho, conforme assinala Arnaldo
Niskier, nas páginas do jornal Folha de
São Paulo.
Realmente isso nos surpreendeu e nos deixou extremamente preocupados porque o estágio é um patrimônio que os jovens adquiriram, é um direito a uma estrutura, um instituto legal de valorização do jovem e de integração no mercado de trabalho. Não acredito que isso se torne realidade.
De
outro lado, duas questões: a burocracia, Ver. Pedro Américo Leal, é brutal e
terrível! Aquele espírito do burocrata, seja em que repartição for, só é
prejudicial e faz a sua vítima, faz os seus estragos terríveis. Já há escritos
trabalhos memoráveis sobre a burocracia, mas ela está incrustada sobretudo nas
estruturas, sempre quando a corrupção grassa na burocracia, e tristemente
assistimos a esse espetáculo no Aeroporto de Ezeiza, por parte das autoridades
argentinas. E não é só no Aeroporto de Ezeiza, mas nas fronteiras do Rio Grande
em que se observa a má vontade. Que integração é essa? Que MERCOSUL é esse?
Faço um apelo a V. Ex.ª, que trouxe esse assunto à baila, para que possamos
redigir aqui uma Moção de Repúdio! Aconteceu com uma pessoa de destaque, com
uma criança, filha de uma Deputada Estadual do Rio Grande do Sul e filha de um
ex-Deputado Federal, mas imaginem o que deve acontecer com pessoas comuns,
normalmente, no seu cotidiano, nas fronteiras do Rio Grande, nas fronteiras do
nosso País com a Argentina! São coisas terríveis! E com os motoristas, com os
caminhoneiros, que sofrem as barbaridades por parte das autoridades
alfandegárias em Santo Tomé, através da extraordinária ponte...
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Tempo encerrado, Vereador.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Elias Vidal está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, é possível que alguém pergunte o que é
hidroponia. Eu gostaria de falar um pouco sobre o Projeto “Estufas
Hidropônicas”. Eu tenho gastado algum tempo, pensando sempre de que forma eu
posso contribuir e colaborar com o meu País, com a minha Nação, com o meu
Município. De que forma eu posso colaborar? Há quem prefira falar mal do
Programa Fome Zero, do Presidente da República, Sr. Lula; mas eu quero dizer
que sou a favor desse programa, porque fome tem pressa, e doença também tem
pressa. E há pessoas que estão, Ver. Pedro Américo Leal, com tanta fome que não
há tempo para fazer aquilo que todo o mundo diz: “Eu prefiro ensinar a pescar a
dar o peixe”. Isso é bem mais educativo e bem mais aceitável. Só que há pessoas
tão desnutridas e com tanta fome que não têm capacidade, não estão em condições
de buscar o seu próprio alimento. Então eu acho que esse Programa Fome Zero
deve continuar nesse processo, mas, também, trabalhando outras raias, outras
formas de resolver o problema, não só no presente. Como eu já trabalho nas
comunidades há muitos anos, como vários Vereadores aqui, nós sabemos que os
voluntários, após um tempo, cansam; para os que doam, sempre vão-lhes chegar
problemas mais graves. Daqui a um pouquinho, eles deixarão de ajudar o Programa
Fome Zero para ajudar um outro tipo de programa. E a estocagem de alimentos,
muitas vezes, oscila, e, normalmente, oscila para baixo. No que se refere às
tonelagens de produção de alimentos, nas suas cadeias produtivas, nós sabemos
que, dependendo da situação, do ano, podem cair em função da chuva, da seca, do
granizo. Outro dia, quase que 70% dessa safra foi para o lixo, a nossa safra
transgênica, enfim. Então, eu pensei de que forma eu poderia ajudar a
sociedade, o Programa Fome Zero.
Estava,
outro dia, pensando e conversando em casa com o pessoal, e me surgiu essa idéia
de ajudar cultivando, num pequeno espaço, a maior quantidade possível de
alimentos através de estufas hidropônicas. Eu tenho aqui - vou pedir para à
nossa colaboradora, nossa secretária, assessora parlamentar, que nos ajuda, que
nos traga um material - umas fotografias desse trabalho. (Mostra fotos.) Esse
trabalho eu conheci, na realidade, em 1990, quando fui à América do Norte, foi
a primeira vez que me deparei com esse tipo de trabalho, o qual eu não
conhecia. Achei impressionante os trabalhos na América do Norte, quando me
deparei com plantas que não eram cultivadas na terra, e sim na água, numa
pequena área, uma quantidade enorme de produções de alimentos. Aqui são os
alimentos da linha da couve, alface, todos os tipos de verduras, legumes que se
produzem com uma certa facilidade. Nós sabemos que de quatro a cinco bilhões de
pessoas no mundo têm anemia; dois bilhões têm anemia profunda, ferropriva; 35%
desses quatro a cinco bilhões do planeta atingem as gestantes; 50% atingem as
crianças de zero a quatorze anos. E nós sabemos que alguns desses bilhões estão
aqui em Porto Alegre. Nós temos um mapa nutricional e sabemos que, pelo menos,
nós temos em torno de quinze mil crianças em estado de miserabilidade. Esses
são os dados oficiais aqui de Porto Alegre.
Então,
eu pensei: em vez de estarem usando droga, cheirando cola, assaltando, que vão
trabalhar. Vamos ensinar essa gurizada. Ah, mas trabalhar não pode, porque, se
o pai põe um menino para trabalhar, colocam-no na cadeia. No meu tempo, eu
poderia ser um office-boy, hoje não
pode. Mas pode ir à praça fumar maconha; isso pode, ninguém incomoda, não há
problema nenhum. Então, vamos dar trabalho a essas crianças nas escolas. Os
jovens, os adolescentes querem comer? Vão produzir a comida, também! Eu acho
que isso é educativo. E, com isso, vamos estar ajudando a combater a questão da
anemia.
Imaginem,
nós devemos ter em torno de trezentas e cinqüenta a quatrocentas escolas em
Porto Alegre; se tivéssemos em cada escola uma estufa hidropônica, isso quer
dizer que nós iríamos colher centenas, quem sabe até milhares de toneladas de
alimentos. Eles mesmos ajudando a produzir os seus próprios alimentos.
Então,
essa é uma discussão que nós estamos trazendo aqui à Câmara de Vereadores. Eu
acho que carece de alguma correção e, por isso, é bom trabalharmos com vários
Vereadores, porque um olha de um ângulo, outro olha de outro e nós vamos
aperfeiçoando. Então, esta é a nossa intenção: ajudar o nosso País com o
Programa Fome Zero, entre outros projetos que já estão protocolados com relação
às praças e calçadas com árvores frutíferas. Esse é um outro Projeto que já
está protocolado.
Eu
estou pensando, aqui, na minha cabeça, de que forma eu posso ajudar o meu País,
em vez de criticar o Programa Fome Zero, trazer soluções, ajudando na produção,
em cadeias produtivas. Essa é a nossa participação com relação ao Programa Fome
Zero. Muito obrigado
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sr.ªs
Vereadoras, público que nos acompanha aqui e pela TV Câmara, ontem começamos as
rodadas do Orçamento Participativo. Ontem começou com a rodada plenária de
educação, esporte e lazer. Neste ano, o Orçamento Participativo, Ver. Pedro
Américo Leal, completa quatorze anos. Quatorze anos de participação popular na
cidade de Porto Alegre! Mas, a Administração Popular, neste ano, completa
quinze anos. Quinze anos, dos quais nós fizemos um balanço extremamente
positivo para a Cidade e para a cidadania porto-alegrense.
Nós,
quinze anos atrás, assumimos a Saúde de Porto Alegre com doze unidades de Saúde
e, hoje, são mais de cento e quarenta unidades de Saúde.
Nós
assumimos as finanças de Porto Alegre, há quinze anos, com 120% do Orçamento
comprometido, mais de 100% só com a folha de pagamento. Então, temos, hoje, uma
Prefeitura saneada.
Nós
assumimos a Educação, com um índice em torno de 80% da população alfabetizada
e, hoje, nós temos 97% da população alfabetizada. E caminhamos, através do
Programa MOVA, para zerar o analfabetismo em Porto Alegre.
Nós
assumimos o transporte público de Porto Alegre e, hoje, para aquele cidadão que
tem mais de vinte e cinco anos, vamos dizer, mais ou menos, em média, Ver. Dr.
Goulart, que acompanhou o que era o transporte público de Porto Alegre, antes
de 1990, percebe, hoje, um salto de qualidade importantíssimo com ônibus, cuja
vida útil não passa de dez anos. Na verdade, a vida média dos ônibus aqui é de
cinco anos. A Carris é referência de transporte público na América Latina.
Inclusive, ganha de empresas privadas da América Latina como referência do
transporte público.
Nós
executamos obras estruturais importantíssimas para a Cidade. E, justamente, no
décimo quinto ano da Administração Popular, nós pudemos inaugurar a 3.ª
Perimetral, que é uma obra viária estrutural importantíssima para o
desenvolvimento da Cidade. Nós pudemos fazer um balanço social no que envolve a
Educação, no que envolve Saúde e Habitação; por exemplo, têm, em média, um
investimento entre 8 e 10 milhões de reais por ano em Habitação, que levam a
unidades habitacionais em torno de mil e duzentas construídas por ano, em
média. Mas, só no Programa Entrada da Cidade, serão três mil e trezentas casas;
um posto de saúde; uma creche; uma escola; um galpão de reciclagem; três ruas e
uma avenida. É, talvez, Ver. Pedro Américo Leal, o maior programa habitacional,
estrutural, urbano na cidade de Porto Alegre, referência para o País e para a
América Latina.
Avançamos
do ponto de vista ambiental. A Cidade mais arborizada do País, com a melhor
qualidade de ar das capitais brasileiras, Porto Alegre ganhou há pouco tempo o
Prêmio de Preservação Ambiental, como referência nacional.
Porto
Alegre, a partir do projeto Ponta da Cadeia-Cavalhada, passará de 30% do esgoto
tratado para quase 80% do esgoto tratado.
A
pista de eventos - entre os Estados aqui do Sul, Porto Alegre será uma das
referências para os Estados do Sul, constrói a pista de eventos e abre o espaço
para o carnaval.
Porto
Alegre comemora quinze anos de Administração Popular com importantes avanços em
todas as áreas: estrutural, econômica, de desenvolvimento, social, política,
porque aqui a participação é direta do cidadão. Não significa que aqui todos
nós sejamos bons em todos os sentidos, que não esteja sobre nós o risco da
corrupção. Mas, aqui, a população fiscaliza passo a passo, centavo a centavo o
que é aplicado nesta Cidade.
Aqui,
há quinze anos não temos corrupção, mas porque a população é fiscalizadora,
participante, ativa, mas, principalmente, ela delibera todas as melhorias que
esta Cidade tem e quer.
Nas
dezesseis regiões de Porto Alegre, o crescimento é equilibrado, há
investimentos nas dezesseis regiões. As dezesseis regiões participam, e isso é
distribuição de renda, isso é desenvolvimento e inclusão social.
Porto
Alegre está de parabéns, a Administração Popular comemora, neste ano, quinze
anos de transformações importantes para a cidadania porto-alegrense. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu ouvi o Ver. Marcelo Danéris falar sobre quinze
anos que não foram os mesmos que eu enxerguei. Eu me lembro que em 1983, quando
nós iniciávamos nossa caminhada aqui neste Legislativo, a arrecadação de Porto
Alegre era totalmente diferente, não porque as administrações da época eram
ruins: era porque nós tínhamos uma Constituição que concentrava poderes mais na
União e menos nos Municípios; aí veio a Constituição de 1988 e, vejam bem, a
caminhada do PT na Prefeitura é desde 1989. Em 1988 veio a Constituição, que
não foi feita pelo PT, que acabou modificando esse eixo de arrecadação e, em
vez de nós termos Municípios empobrecidos, depauperados, como nós tínhamos
antigamente, com a União fazendo a maioria das obras dentro do Municípios, nós
os tivemos arrecadando por causa de impostos que foram criados para os
Município e por causa do próprio ICMS, que acabou modificando-se em relação aos
Municípios: mudou de 20 para 25% o retorno, e aí nós começamos a arrecadar
mais. Mas não foi uma obra do Orçamento Participativo.
O
que eu realmente não posso aceitar é essa tentativa de enganar a população,
dizendo que tudo começou a modificar-se a partir do Orçamento Participativo. É
mentira isso, é deslavada essa mentira! Tudo começou a modificar - e a
população tem que saber disso, contem aquilo que é realmente vitória, mas não
venham enganar as pessoas -, tudo começou a modificar por causa da Constituição
de 1988, que foi uma Constituição municipalista. E aí o Município começou a
arrecadar mais. Como o Município começou a arrecadar mais, começou a sobrar
mais dinheiro para se aplicar em obras que o próprio Município poderia fazer.
Cada um podia realizar as suas obras, não foi só Porto Alegre, outros
Municípios também tiveram Prefeitos, naquela época, exaltados, exatamente
porque eles começaram a lidar com uma massa de recursos muito maior do que
aquela que os Prefeitos de antes de 1988 possuíam. E aí nós tivemos, realmente,
progresso no Município, e se tivesse a Câmara distribuído recursos, talvez até
tivesse distribuído melhor. Se nós pudéssemos, aqui, votar as obras
prioritárias para Porto Alegre, talvez, Ver. Wilton Araújo, nós tivéssemos
votado essas obras de uma forma mais democrática. Eu acredito que o Orçamento
Participativo veio até, muitas vezes, atrapalhar essa distribuição.
Eu
dou um exemplo, Ver. Dr. Goulart: em que se transformou a Saúde aqui em Porto
Alegre? Num caos definitivo.
Lembro-me
de um discurso do então Prefeito Tarso Genro, que dizia que precisava de um ano
apenas, depois da municipalização da Saúde, para que a Saúde pudesse consertar
os seus erros. A Saúde não consertou os seus erros.
Nós
sempre vamos visitar os postos de saúde, e eu fui visitar vários postos de saúde,
e não faz muito tempo, há um mês, e pude constatar que realmente a Saúde está
muito mal. Coitado do brasileiro que precisa ir até um posto de saúde! Coitado
do brasileiro que precisa marcar uma consulta em um posto de saúde! Coitado de
quem tem um problema de coração, quem tem problema oftalmológico. E o Ver. Dr.
Goulart sabe bem disso, porque trabalha nessa área.
Mas
não fica só por aí, eles falam em transporte. Mas, meu Deus do Céu, o que
fizeram com o transporte? Sabem o que fizeram com o transporte, Ver. Wilton
Araújo? Aumentaram a tarifa. Deram a tarifa que os empresários queriam, aquela
mesma tarifa que eles impediam que pudesse ser adotada antes deles entrarem no
Governo; e como houve a tarifa que os empresários pediram, só por isso, os empresários
puderam renovar toda a frota. E aí dizem: isso é mágica, é o Orçamento
Participativo. Mas o que é isso? Que bobagem é essa? Que vontade é essa de
enganar as pessoas, de enganar a população?
Isso,
na verdade, é apenas o que está acontecendo agora. O PT impediu, durante todo
tempo, que o Fernando Henrique Cardoso fizesse a reforma previdenciária e a
reforma tributária. E o que está acontecendo? Agora ele diz que, se não fizer
essa reforma tributária e essa reforma previdenciária, o País não tem jeito. Mas
se antes eles impediam, antes eles não queriam, então o que está acontecendo? O
que aconteceu? Um crime contra o País. E crime tem de ser punido. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Registro a presença do Ver. Ildo Britto,
do PSB de Viamão, a nossa saudação.
O
Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr.ªs
Vereadoras, venho trazer, de público, um assunto não muito agradável, mas
relativo à minha área, que é a área de esportes. Mas primeiro quero fazer
alguns comentários para que os Vereadores possam entender. Hoje, a questão do
esporte, no Rio Grande do Sul, está ligada ao Secretário de Turismo e Esporte,
Deputado Lara, do PTB. Eu gostaria que o Vereador do PTB nos ouvisse e depois
levasse para o PTB, porque o Secretário Lara, logo no início da sua gestão,
nomeou um Diretor Administrativo para Porto Alegre, só que o Diretor
Administrativo estava em Bagé. Foi amplamente divulgado, esse Diretor foi
descartado, saiu na opinião pública, mas nós gostaríamos de saber, com o
Deputado Lara, o que houve, pois essa pessoa ficou um mês, um mês e meio na
folha de pagamento do Estado: vão ser ressarcidos os cofres públicos ou não?
Então, nós queremos saber isso.
E
por que essa questão do esporte? No sábado de Páscoa, agora, aconteceu um
episódio, até vou dizer, um episódio pessoal, que o meu filho é Campeão
Estadual de Lançamento de Disco e de Martelo, Tetracampeão Brasileiro,
participou, inclusive, da Universíade, e foi treinar no CETE, lugar que ele
está acostumado desde o seu nascimento, desde 1976, e foi surpreendido,
disseram que naquele lugar não pode treinar o disco e o martelo,
coincidentemente as duas provas em que ele compete, em que ele é Campeão
Brasileiro - já foi Campeão Brasileiro de Martelo e é Campeão Brasileiro
Universitário e Campeão Gaúcho de 2002, nessas duas provas. Então, nós queremos
saber o que é que está acontecendo com o esporte. Queremos que o Secretário de
Turismo e Esporte venha explicar por que é que, ao mesmo tempo, ele quer nomear
alguém, lá de Bagé, que fica em Bagé e não fica em Porto Alegre, e por que ele
está fazendo essas determinações, aqui, no esporte, em Porto Alegre, no Centro
Estadual de Treinamento Esportivo, colocando determinadas áreas? V. Ex.ª, Ver.
João Bosco Vaz, eu sei que também atuou. Então, nós queremos o seguinte:
retirou; mas eu acho que o Deputado está devendo à opinião pública uma
explicação maior. Não basta retirar, já que foi ele que nomeou, que ele
ressarça os cofres públicos. Queremos essa explicação de público; e, ao mesmo
tempo, queremos saber por que, de uma hora para outra, uma modalidade esportiva
não pode mais ter esse acesso. Vamos voltar a esta tribuna, de forma emblemática
e enfática, abordando este tema...
(Aparte
anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)
É
bom porque há outros Vereadores que sabem do tema e estão-se apropriando do
mesmo, e é um assunto bastante importante, porque nós falamos tanto em moralização
e essas coisas estão acontecendo.
Então,
que o Sr. Deputado, Secretário de Turismo e Esporte venha explicar, de público,
por que nomeou e agora descartou, e de que forma vão ser ressarcidos os cofres
públicos.
Eu
quero saber o que há lá no Centro Estadual de Treinamento Esportivo - local
onde eu tive a oportunidade de trabalhar durante vinte e quatro anos; fui
diretor por muitos anos lá; meu filho nasceu em 1976, e eu já trabalhava lá. Eu
volto a dizer: hoje o meu filho é o maior atleta do Rio Grande do Sul tanto em
Lançamento de Disco ou de Lançamento de Dardo. Queremos saber: ou é alguma
coisa pessoal ou talvez a política pública de esportes do Estado do Rio Grande
do Sul tenha uma diferenciação.
Nós
vamos voltar a esta tribuna, porque o Deputado Lara, Secretário de Turismo e
Esporte tem alguma explicação a dar, não só a Bagé, não só a Porto Alegre, mas
a todo o Estado do Rio Grande do Sul. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Raul Carrion está com a palavra
para uma Comunicação de Líder:
O SR. RAUL CARRION: Ex.mº Ver. João Antonio Dib,
Presidente desta Casa, demais Vereadores e Vereadoras; todos os que nos
assistem hoje aqui e também pela TV Câmara, no dia de hoje, queria, no espaço
de Comunicação de Líder do Partido Comunista do Brasil, o PC do B, tratar de
uma temática extremamente importante que é a temática da Previdência Social.
Essa é uma questão que está na Ordem do Dia, em primeiro lugar, pela própria
reforma da previdência, que está em discussão. É um tema que nos toca
diretamente, porque esta Casa, inclusive, nos dois últimos anos, se debruçou
sobre a questão, legislando sobre a previdência pública municipal. É também um
tema de interesse de toda a cidadania, pois sejam os trabalhadores da
iniciativa privada, sejam os trabalhadores e as trabalhadoras do serviço
público, ou do mercado formal ou informal, todos que contribuem têm
preocupações e vinculação com a questão.
Ao
tratar dessa questão é, em primeiro lugar, importante examinar a herança
maldita de décadas de governos conservadores e de governos neoliberais que nos
levaram à quase falência da Previdência Social. Em primeiro lugar, são mais de
100 bilhões de reais de contribuintes e de empresas privadas que não descontam,
que não foram e não são cobrados - uma dívida histórica! São anos e anos de
não-contribuição dos entes estatais em nível federal, em nível estadual e,
muitas vezes, em nível municipal, que não deram a sua contrapartida ao desconto
dos trabalhadores! É a não-capitalização das contribuições previdenciárias que,
durante os primeiros trinta anos, não havia, evidentemente, despesas, e que
necessitavam ter sido capitalizadas para que hoje as aposentadorias estivessem
garantidas. É o desemprego crescente, a informalidade que retiram recursos da
Previdência Social. São salários, por exemplo, dos servidores federais que por
anos e anos ficaram estagnados. Tudo isso cria um quadro de grandes
dificuldades para a Previdência Social, leva a problemas de caixa e tem levado
a uma séria polêmica na questão da busca da solução.
Nesse
sentido, o nosso Partido, o PC do B, no dia 15 passado, na terça-feira da
semana passada, deliberou e formalizou uma proposta que levou ao Ministro
Ricardo Berzoini, colocando a política e a proposta oficial do PC do B sobre a
Previdência, onde manifestamos, inclusive, diferenças importantes de análise e
de proposição em relação ao que está sendo proposto em nível federal. Eu terei
oportunidade de passar a todos os colegas Vereadores a nossa proposta na mensagem
que foi conduzida ao Ministro da Previdência. O PC do B coloca: primeiro, a
necessidade de vincular qualquer reforma previdenciária a uma política
macroeconômica - não há solução para a questão previdenciária a prosseguir o
processo de estagnação econômica e a lógica monetarista fiscalista que ainda
não conseguimos romper, mesmo com nosso Governo. Segundo, a necessidade de
evitar de lançar os trabalhadores da iniciativa privada contra os trabalhadores
do serviço público - não é aí que está a questão, é um falso viés se seguirmos
por este caminho. Terceiro, a necessidade de criar uma previdência complementar
pública, e não privada, inclusive retirando da Constituição a possibilidade da
previdência suplementar privada - por isto, somos radicalmente contrários à
aprovação da PLP n.º 009, que viabiliza a previdência privada, inclusive para o
servidor público. Quarto, uma auditoria das contas previdenciárias, em que
fique clara a sonegação de mais de 100 bilhões das empresas privadas, criando
um rombo nos fundos previdenciários. E, concluo: um teto para a remuneração dos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, acabando, portanto, com as
aposentadorias milionárias. O tempo, evidentemente, se escoa, não é possível
desenvolver mais, mas eu passarei aos nobres colegas a nossa proposta por
escrito. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, me informa
o Ver. Elói Guimarães - e nós teremos o maior prazer em ajudá-lo a repercutir a
manifestação do Ver. Garcia relativamente à Secretaria de Turismo e Desportos
do Estado - que, oportunamente, se oferecerão as informações que a Casa merece.
Ainda que, sabidamente, a ninguém esteja vedado ocupar nenhum cargo público por
ser morador de fora do Município de Porto Alegre, seja de Bagé, por exemplo;
obviamente, uma vez designado para as funções, tem que ocupá-las. Se tal não
está ocorrendo, se existe algum fato, nós aceitamos a contribuição do homem de
oposição, Vereador Garcia, e vamos buscar - o Ver. Elói já está diligenciando –
o esclarecimento e, se necessário, a correção da situação equivocada que,
eventualmente, se esteja registrando.
Mas,
eu fiquei muito satisfeito, Sr. Presidente, quando ouvi o pronunciamento da
Liderança do Partido Comunista do Brasil aqui na Casa, quando diz que levaram -
o PC do B, com toda a sua importância histórica -, ao Ministro Ricardo
Berzoini, uma proposta de reforma da previdência. Penso que o PC do B fez muito
bem, elaborou um Projeto de reforma da previdência, que pode estar correto ou
não, que pode estar certo ou não, que pode ser utilizado ou não, mas é o
primeiro passo positivo, Ver. Wilton Araújo, que vejo dentro deste Governo, que
só faz “balão de ensaio”. Agora, então, o PC do B, com toda a sua importância
histórica, substitui o Partido dos Trabalhadores, que não teve proposta de
reforma tributária, e leva ao Ministro Ricardo Berzoini a proposta do PC do B,
que deve ser, provavelmente, a referência do Governo sem referência, a respeito
da reforma da previdência. O que eu mais gostei no pronunciamento do Ver. Raul
Carrion - ele que é contra os neoliberais, e falou aqui como um verdadeiro
liberal, não um novo liberal; ele é um velho comunista, e não um neoliberal -
foi que ele nos disse tudo o que nós vimos dizendo para este País, há vinte
anos, e em que ninguém queria acreditar. Agora, daqui para diante, com o PC do
B empunhando a bandeira da reforma da previdência, a coisa vai andar. Chega de
ficar protelando, “empurrando com a barriga”, “botando balão de ensaio”,
dizendo que vão descontar dos inativos e, daqui a pouco, não vão descontar
mais; dizendo que vão aumentar o limite de idade para aposentadoria e, daqui a
pouco, não aumentam mais; dizendo que vão criar um teto salarial e, daqui a
pouco, não criam mais nada; que é de 2 mil e 400 reais o teto básico da
aposentadoria; depois, a gente muda a posição. Ora, eu penso que esta Nação
está se acordando, o PC do B está acordando esta Nação, está dizendo, com a sua
importância que, nesta Nação, os órgãos estatais, há muito caloteiam a
Previdência. Grande revelação feita pelo PC do B: de que os órgãos estatais
caloteiam a Previdência, desde a sua fundação! Que novidade, Ver. João Antonio
Dib, ilustre Presidente da Casa! Agora, evidentemente, que o discurso
neoliberal do PC do B a gente precisa entender de forma diferente. É que o PC
do B agora tem de se dar conta de que ele está lá no Governo, faz parte do
Governo do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, tem o importante Ministério dos
Esportes, se a memória não me falha, e, como tal, ele é co-responsável por toda
essa história que está havendo aí. Não dá para ficar nessa de “dar uma no cravo
e outra na ferradura”. Ora, subir à tribuna e criticar a Previdência dizendo
que agora elaboraram, no dia 15, um Projeto de reforma da previdência! Não! O
Governo Lula não é um Governo irresponsável, o Governo Lula já entrou para a
Administração Federal, com toda a certeza, com a proposta, com a visão do que
ele vai fazer na Previdência. Acho que o PC do B se atrasou um pouco nesse
particular, ou então ele está querendo confessar que o Governo dormiu, não se
preparou para ser governo, não tem proposta para a Previdência ...
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Tempo encerrado, nobre Vereador.
O SR. REGINALDO PUJOL: Para concluir, Sr. Presidente. É preciso que o PC do B venha
corrigir esta situação. Então, eu vou pedir um pouquinho mais, Presidente, ao
PC do B: nos consiga mais alguma coisa, nos consiga que os juros desçam, que o
custo de vida não suba. Assuma a sua responsabilidade de governo, e nós vamos
ficar gratos ao histórico Partido Comunista do Brasil.
(Não
revisto pelo orador.)
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
3268/01 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 228/01, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que denomina Usina do Gasômetro
Governador Synval Guazzelli o conjunto arquitetônico da Usina do Gasômetro.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 16-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 228/01. (Pausa.)
Requerimento
do Ver. Haroldo de Souza solicita o adiamento da discussão do PLL n.º 228/01
por três Sessões. Em votação o Requerimento do Ver. Haroldo de Souza. (Pausa.)
Os Senhores Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. 1551/02 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 088/02, de
autoria do Ver. Haroldo de Souza, que institui a Década Porto-Alegrense pela
Cultura da Paz.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 31-03-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 088/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
2057/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 125/02, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que
institui a Semana Municipal de Luta contra a Violência e a Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes e dá outras providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 10-03-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 125/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
2491/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 053/02, que declara de utilidade pública a
Associação Instrutora da Juventude
Feminina – Centro Educacional São Carlos.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Carlos Alberto Garcia: pela aprovação do
Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 10-03-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLE n.º 053/02. (Pausa.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, como todos nós temos o
“espelho” da Sessão - consulto V. Ex.ª -, acho que é desnecessário dizer quem é
relator, quem não é relator, é só dizer qual é o Projeto e entrar em votação.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Concordo com V. Ex.ª, se o Plenário
concordar.
Em
discussão o PLE n.º 053/02. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 2550/02 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 150/02, de
autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Avenida Homero Guerreiro um
logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
Pareceres:
-
da CCJ.
Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB.
Relator Ver. Raul Carrion: pela
aprovação do Projeto;
-
da CECE.
Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 26-03-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 150/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) O Ver. Reginaldo Pujol está
com a palavra para encaminhar a votação.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ao
encaminhar este Projeto de Lei, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, nesta
Sessão em que observamos que, sabiamente, as matérias aqui colocadas não são
suscetíveis de maiores discussões, o que nos permite a celeridade, eu peço
vênia aos companheiros de representação popular para tomar alguns minutos, por
pequenos que sejam, das suas atenções, para me associar por inteiro à proposta
do Ver. João Carlos Nedel de denominar uma avenida, no bairro Sarandi, com o
nome do Jornalista Homero Guerreiro. Trata-se de um íntegro cidadão desta
Cidade, grande profissional, pessoa com quem eu tive a possibilidade de privar
com muita intensidade; e posso depor a respeito do caráter ilibado que o
caracterizou, não só como jornalista, mas como homem que participou de várias
entidades e clubes de serviços desta Cidade, e sempre o fez com grande
eficiência e brilhantismo, demonstrando que o seu caráter, não só o transformou
em um excelente profissional e em um bom chefe de família, como o colocou na
condição de um integrante vivo da nossa comunidade.
Não
posso calar nesta hora, me sinto até, de certa forma, gratificado de poder me
manifestar neste momento, até porque tinha no Homero Guerreiro um exemplo dos
melhores. Sempre me aconselhei com ele em diversas circunstâncias e pude
perceber a sua aguda sensibilidade que lhe dava condições de ser não só um
conselheiro eventual de um amigo, mas um exemplo, um paradigma para a
sociedade, do qual a sua família que o pranteia, obviamente, deve-se sentir
muito orgulhosa de ter tido nele a chefia como cabeça do casal, a chefia da
família.
Era
isso, Sr. Presidente, que me incumbia dizer, nesta hora, com a responsabilidade
e com o orgulho de quem conviveu em vida com o Jornalista Homero Guerreiro.
Meus
cumprimentos, Ver. João Carlos Nedel, pela sua proposição cheia de méritos,
tanto que me motivou vir à tribuna para publicamente emprestar a minha
solidariedade.
Era
isso, Sr. presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o PLL n.º 150/02. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
2678/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 054/02, que declara de utilidade pública o
Instituto Popular Arte-Educação - IPDAE.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 10-03-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLE n.º 054/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2725/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 164/02, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que
denomina Rua Ney Galvão um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro
Sarandi.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 10-03-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 164/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
2805/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 060/02, que declara de utilidade pública a ERGUM
– Fundação de Pesquisa e Estudo em Traumato-Ortopedia Manuel Pessanha
Quintanilha.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Carlos Alberto Garcia: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 07-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLE n.º 060/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2877/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 184/02, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Amaury Silveira um logradouro público cadastrado, localizado nos
Bairros Mário Quintana e Rubem Berta.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 26-03-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 184/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação o PLL n.º 184/02.
Desejo
registrar a presença do Vereador pelo PPB, José Alberto Pinheiro Vieira, de São
Luiz Gonzaga. É bem-vindo, V. Ex.ª, sinta-se em casa.
O
Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do PLL n.º
184/02.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, não é
lícito que simplesmente aprovemos uma homenagem a Amaury Silveira. Não é lícito
que não se faça um registro enfático a respeito da figura que estamos
homenageando.
O
Ver. Cláudio Sebenelo, que conviveu com Amaury Silveira, no seu Sport Club
Internacional, sabe da figura ímpar a que nos estamos referindo. Com atuação
destacada na APLUB, com destacada atuação na sociedade porto-alegrense e com
destacada atuação no Sport Club Internacional, que não é o meu clube. Todos
sabem, nesta Casa, que sou integrante do Conselho Deliberativo do Grêmio
Foot-Ball Porto-Alegrense e Amaury Silveira foi Presidente do Conselho
Deliberativo do Sport Club Internacional, tradicional rival do meu clube de
coração. Isso não nos impede de ver, na figura homenageada pelo Ver. João
Carlos Nedel, um exemplo dos mais qualificados que a sociedade porto-alegrense
conheceu e que o mundo esportivo conheceu, porque, obviamente, aficionado pelo
futebol, colorado dos mais convictos, não fazia das suas convicções esportivas
nenhum instrumento belicoso ao ponto de inviabilizar o seu relacionamento com
outros segmentos do esporte porto-alegrense e do futebol rio-grandense.
Por
isso, posso surpreender alguns dos integrantes da Casa em fazer questão de me
manifestar, nesta oportunidade, porque acho que a celeridade com que temos que
conhecer os projetos que aqui tramitam não nos impede, muito pelo contrário,
não pode ser impeditivo de que se faça o devido registro, quando a ocasião
assim determinar.
É
o que entendo que no caso concreto se impõe esse registro a respeito da figura
gigantesca de Amaury Silveira, que lamento estar homenageando nesta hora. Eu
gostaria de continuar convivendo com o mesmo nas rodas em que juntos
freqüentávamos e, sobretudo, na salutar convivência do debate esportivo
inteligente, feito com um homem de convicções esportivas diversas da minha, que
realizava com muita freqüência, e de alguns debates já começo a sentir
saudades, eis que, efetivamente, ceifado da sua existência, a cerca de seis
meses, está muito viva ainda na nossa lembrança aquela pessoa jovial, alegre,
simpática, solidária, companheira e amiga que foi Amaury Silveira.
Por
isso, Sr. Presidente, eu deixo o meu registro apaixonado; é uma homenagem que
faço com muita tristeza. Não gostaria de homenagear alguém que em vida foi tão
fraterno, tão amigo e tão solidário, mas já que assim quis as quebras do
destino, que se faça justiça, que se dê a um logradouro localizado nos Bairros
Mário Quintana e Rubem Berta o nome desse grande gaúcho, desse grande
porto-alegrense que foi Amaury Silveira. Muito brigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Pedro Américo Leal está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 184/02.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Ex.mo Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, eu venho aqui hipotecar a minha inteira solidariedade a esta
sugestão do meu colega João Carlos Nedel denominando uma rua, localizada nos
Bairros Mário Quintana e Rubem Berta, ao meu companheiro, cadete comigo na
Academia Militar das Agulhas Negras, Amaury Silveira, que foi, também,
Presidente de Administração da APLUB, e foi Presidente na Associação Nacional
de Previdência Privada – ANAP. Foi um homem inteligentíssimo que cursou a
faculdade de Engenharia Civil e a Militar com raro brilho, e, eu nada mais faço
aqui que hipotecar toda a minha solidariedade e gratidão até ao meu colega João
Carlos Nedel que, em boa hora, dedicou essa rua em seu nome.
Amaury
Silveira, na verdade, era um otimista, um homem que via tudo com os olhos da
gratidão benéfica a todos os seres humanos que o circundavam. Eu tinha grande
admiração por ele, e acredito que ele por mim também; de modo que faço isso com
a maior boa vontade e com o coração aberto para esse homem que nos deixou tão
cedo.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 184/02.
O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Ver.
Reginaldo Pujol, Ver. Haroldo de Souza, Ver. Pedro Américo Leal, aqui na Casa,
além de amigos, nós temos um papel e uma formalidade de Vereança como um
compromisso com o ritual da Casa, mas, como amigos, eu queria dizer alguma
coisa que eu não falava para ninguém: que o Amaury Silveira morreu exatamente
ao meu lado. Na parte superior das cadeiras, nós não tínhamos como fazer
qualquer coisa por ele, porque ele teve uma parada cardíaca fulminante.
Ele
e Iracy Laura, sua esposa, com os quais eu fiz uma excelente relação, gozavam
de grande prestígio na cidade de Porto Alegre. Amaury Silveira era um
apaixonado pela organização, militar brilhante, engenheiro, Presidente do
Conselho do Internacional, Presidente do grupo APLUB, a quem dedicou uma vida
inteira em matéria de organização. Ele era expert
em organização e fez, no Conselho do Internacional, uma reforma estatutária,
que foi uma das coisas mais difíceis de se arredar, aquele velho ranço das
estruturas, coincidindo com uma época de transição e, principalmente, no
exercício dos clubes de futebol tradicionais, que faziam ainda um projeto para
si próprios extremamente arcaico, anacrônico, viciado e que precisava mudar. O
agente dessas mudanças, indiscutivelmente, teria que ser uma pessoa que
monopolizasse um Conselho com trezentos conselheiros dentro do Internacional, e
que era de extrema dificuldade de se lidar; ele, que vinha de um grupo
importante, capitaneado por Gilberto Medeiros, e hoje, lá do céu, eles devem
fazer toda essa cultura em volta do futebol; certamente devem continuar
conversando sobre um clube fantástico, que é o Sport Club Internacional e que
me proporcionou a felicidade de ter convivido com essas pessoas, especialmente
com Amaury Silveira, que hoje é
homenageado, e com tantas outras que já se foram e tantas outras que estão lá,
que fazem parte do meu patrimônio afetivo, com quem eu convivo diariamente e
com quem eu privo, seja almoçando, jantando, em uma festa ou em outra, onde nos
encontramos quase que permanentemente. Eu passo quase que diariamente no
Internacional, não como um dirigente, mas como uma profissão de fé num clube
fantástico, que Amaury Silveira adorava. Ele amava o clube, amava seus
companheiros. Talvez os momentos de maior projeção na sua vida como desportista
tenham sido no Conselho do Internacional. Ele foi um integrador, uma pessoa que
conseguiu integrar as diversas correntes do Conselho, e só não seria Presidente
do Sport Club Internacional, porque a morte ceifou a sua vida com muita
precocidade. Tinha muito ainda para contribuir, especialmente pelo seu espírito
integrador, mas extremamente objetivo, de muita garra, de bravura e de luta.
Ele não tinha obstáculos; superou tudo; só não superou uma doença cardíaca que
o levou. Mas deixou uma linda família, a quem eu dedico esses cinco minutos de
discurso, como uma saudade, e, principalmente, como a representação do quanto é
importante a sociedade brasileira ter tido a felicidade de ter Amaury Silveira,
que, além de tudo, foi um extraordinário brasileiro. É por isso que esta
homenagem é tão justa. Acho que essa Casa deveria, especialmente com pessoas
como Amaury Silveira, ter um contencioso e mandar, inclusive, correspondência
para família, dizendo que, nesta data, muitos lembraram-se com todo carinho e
com todo afeto do grande nome de Amaury Silveira. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Haroldo de Souza está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 184/02.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é
evidente que, ao falar de Amaury Silveira, com quem eu convivi tanto tempo por
causa do futebol, poderia falar uma, duas, três horas; a convivência que eu
tive com ele, além do futebol, além da empresa que ele comandou com tanto
brilhantismo, a APLUB, a sua ligação com o Sport Club Internacional, no
Conselho Deliberativo. E, ao cumprimentar o Ver. João Carlos Nedel, que pede
essa rua para o nosso Amaury Silveira, nos Bairros Mário Quintana e Rubem
Berta, eu lembro que narrava esse jogo e que o narrador gosta de ser chamado
pelos repórteres para todo e qualquer tipo de informação, mas essa é a
informação que a gente não gosta de receber: “Alô, Haroldo”, fala fulano,
“Amaury Silveira sofre ataque cardíaco nas cadeiras do Beira-Rio e está sendo
removido neste momento”. Eu olhei no cronômetro; faltavam ainda uns quinze ou
dezesseis minutos para o término do jogo e me lembro das minhas palavras:
“Amaury, não prega esta em nós.” Terminada a jornada, veio a notícia do
falecimento do Amaury Silveira.
Estou
me juntando aos Vereadores João Carlos Nedel, Pedro Américo Leal, seu amigo
também, Cláudio Sebenelo, Juarez Pinheiro, que também gosta de futebol, nesta
homenagem que é feita a Amaury Silveira, que foi uma figura extraordinária,
como dirigente da APLUB, como Presidente do Conselho do Internacional e como um
dos primeiros amigos que eu tive quando cheguei em Porto Alegre. É uma
homenagem das mais justas.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o PLL n.º 184/02. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
3021/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 191/02, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Alberto Bay um
logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 16-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 191/02. (Pausa.)
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, o nome da designação da
rua é Alberto...
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Bay; eu leria Bey (sic), ou pode ser Baí
(sic) também. Eu não sei. O autor do Projeto, Ver. João Carlos Nedel, poderia
esclarecer.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Vereador, chama-se Alberto Bay (Baí), que
foi um grande contador. Amanhã, no Dia do Contabilista, esta Casa também presta
uma homenagem aos contadores no seu dia, em nome do grande contador Alberto
Bay.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. João Carlos Nedel acaba de
esclarecer que o nome é Bay portanto, é aportuguesado; não é inglês.
Em
discussão o PLL n.º 191/02. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
3175/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 197/02, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua José da Rocha
Espindola um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Serraria.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 16-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 197/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
3262/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 205/02, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que denomina Praça Albert Sabin um
logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Santana.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 16-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 205/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. O Ver. Isaac Ainhorn está com a
palavra para encaminhar.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o
critério para designação de ruas, na realidade, é muito amplo e variado. Em
Porto Alegre, outrora, assim como em Recife e Salvador, davam-se nomes
relativos a acidentes geográficos, a estações do ano: Rua da Primavera, Rua do
Sol, Rua da Esperança. Aqui mesmo, em Porto Alegre, nós tínhamos a Rua
Esperança. Esse era o perfil. Estradas ligadas a nomes de família, muitas
vezes: Estrada Mostardeiro. Nos últimos trinta, quarenta, anos, nós temos
prestado homenagens de designação de nomes de ruas à Cidade, que cresce e que
se amplia, inscrevendo nomes de figuras representativas de nossa sociedade
local, nacional, internacional, inscrevendo, como diria Mário Quintana, Ver.
Margarete Moraes, o nome dessas figuras no “mapa da Cidade, em ruas que nunca
vi, em ruas que nunca andarei”. Normalmente, é comum a designação, e é uma
homenagem justa a algumas figuras ligadas às comunidades, a um líder
comunitário do Bairro Sarandi, que se identifica com aquela região, para que se
dê a designação de um nome de rua, de uma praça, uma liderança sindical ou uma
liderança das mais diversas áreas da Cidade. Agora mesmo aprovamos algumas
designações de nomes de ruas, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
homenageia figuras representativas da Cidade que deram na sua vida alguma
contribuição e cujo exame aprofundado foi feito no âmbito das Comissões
Permanentes da nossa Casa. Especificamente, as designações de nomes de ruas
passam pela Comissões de Justiça e pela Comissão de Educação e Cultura e
Esportes, estas que examinam a questão da designação de nomes de logradouros,
praças e parques da Cidade.
Olhando
o mapa da Cidade, observei que havia uma figura que talvez tenha dado uma das
mais extraordinárias contribuições para a humanidade nos últimos anos, e esta
figura, que é muito reverenciada, sobretudo pelos Rotary na luta contra a
Poliomielite, é a figura extraordinária do cientista Albert Sabin. Ele é o
criador da “vacina da gotinha”. Antes da “gotinha,” que é o método mais
simplificado e que salva vidas humanas, que salva crianças, que evita todas as
deformações físicas, que atingem crianças das mais variadas faixas sociais...
Sabin está ligado à história da salvação das crianças e da salvação da
humanidade. Um ser humano com uma das contribuições – não sei avaliar – mas,
talvez, mais importantes do milênio em relação ao que proporcionou de salvação
de vidas humanas.
Portanto,
Porto Alegre não poderia deixar de prestar uma homenagem a Albert Sabin. E nós
identificamos uma praça na parte fronteira de um lugar que tem tudo a ver com
Albert Sabin, que é o Centro de Saúde Modelo, Ver.ª Margarete Moraes. É até uma
praça modesta, mas a modéstia e a humildade foram as características deste
extraordinário cientista, Albert Sabin, que deu essa contribuição decisiva e
marcante para a humanidade. Ele não criou artefatos atômicos, não criou bombas,
mas criou uma vacina que salva as crianças e salva a humanidade. Por isso, nós
fizemos questão, neste momento - aqui neste Plenário, há, também, médicos - de
vir a esta tribuna. Lógico que vai ser aprovado por unanimidade, mas não é
isso. Nós gostaríamos, no encaminhamento, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, de
fazer o registro de que a Casa homenageia personalidades locais, personalidades
regionais, mas ela tem essa preocupação, também, com figuras que possuem essa
característica universal, e Albert Sabin era uma dessas figuras. Pretendemos,
inclusive, à época da inauguração, em conjunto com o Rotary Clube, trazer a
viúva deste extraordinário homem que foi Albert Sabin, e a quem, hoje, esta
Casa presta a sua homenagem, designando um nome de praça, de um logradouro
público a essa figura humana que foi Albert Sabin. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 205/02.
O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Sr.ªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu, há poucos dias, tive a infelicidade de tomar
conhecimento de que os recordistas mundiais americanos foram flagrados, já há
bastante tempo, em dopings positivos,
falsificando-se resultados, e, dando-se a eles a hegemonia mundial do atletismo
através do fraudulento uso de estimulantes. Isso mexeu um pouco comigo, porque
eu, às vezes... Outro dia estava vendo uma saltadora brasileira, Ver. Haroldo
de Souza, Ver. Juarez Pinheiro, ela é paulista e chama-se Maureen Higa Maggi.
Ela é brasileira com este nome. Só que tem uma coisa, ela está chegando a ponto
de ser, em salto em distância, a primeira do mundo. Ela está ganhando todas as
competições e vem, há quatro ou cinco anos, atrás disso. Eu fico com uma emoção
muito grande e teria um desgosto imenso se eu soubesse que, um dia, essa moça,
fraudulentamente, usaria estimulantes. Mas ela não usa, não, podem ficar
tranqüilos. Por que eu estou falando isso aqui? Porque mexe com a emoção da gente
uma vitória na área do esporte, qualquer que seja o esporte: o automobilismo, o
tênis, o futebol, e faz-nos, inclusive, quando ouvimos o Hino Nacional, chorar.
Há
três anos, nós recebemos da Organização Mundial de Saúde um diploma que me fez
chorar feito uma criança, porque era um diploma maravilhoso sobre a erradicação
da poliomielite do Brasil. Esta é uma “Copa do Mundo”, meus senhores! Isto é um
feito fantástico deste País. É um feito fantástico em uma América tão
miserável, tão vitimada, que até diria: ó, Senhor Deus dos desgraçados, por que
tanta vitimação em um continente como o nosso, que tinha milhares de doenças,
especialmente uma que se conhecia quando éramos meninos e chamava-se de
paralisia infantil e depois chamada de poliomielite, ou só pólio?
Então,
este homenageado com o nome de uma praça em Porto Alegre, Albert Sabin, veio ao
Brasil, brigou com todo mundo no Ministério, pediu, por amor de Deus, que
tivessem o rigorismo científico, acadêmico, de ter estruturas, estratégias no
Ministério da Saúde que privilegiassem a erradicação da poliomielite. E o País
conseguiu! E esta “Copa do Mundo” nós ganhamos. Este conceito nós temos
universalmente graças ao talento, à genialidade, à perseverança, à obstinação
de uma pessoa chamada Albert Sabin. Um cidadão do mundo, um cidadão que está
conseguindo, mesmo depois de morto, que a sua mensagem, a sua busca, a sua
vitória, a sua conquista invada todos os países e seja erradicada essa doença,
que, quando não matava, Srs. Vereadores, deixava a pessoa totalmente deformada,
especialmente as crianças, sem chance nenhuma de recuperação, porque o vírus da
poliomielite tem preferência, tem tropismo pelo tecido nervoso. Então, além de
outros sintomas, ele se instalava no sistema nervoso e deformava as pessoas.
Pois
é isso que deve ser festejado, anunciado, e a glória da memória eterna,
transfigurada em nome de rua, faz com que as ruas da nossa Cidade contem essa
linda história de amor pela humanidade, essa humanidade tão carente e que
precisa, ao invés de guerras, lutar contra as suas mazelas, contra as suas
dificuldades, contra os óbices de vida, que fazem da nossa qualidade de vida,
às vezes, uma vergonha nacional. Este homem conseguiu, chegou lá e nos dá, de
presente, para toda a humanidade a sanidade de ter e de ver as nossas crianças
sem a maldição e o flagelo de uma doença horripilante como foi a poliomielite.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 205/02.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sr.ªs
Vereadoras, como é que eu não vou encaminhar uma votação no Dia do Rotariano,
clube de serviço que assumiu o compromisso de realizar o grande desafio que o
homenageado, Ver. Isaac Ainhorn, solicitou deste País?
Quem
é que não sabe que a erradicação da poliomielite aqui deste País se deu pela
ação dos rotarianos? Da Fundação Rotária mais precisamente, e que a estimulação
para que tal ocorresse decorreu exatamente do pedido do nosso homenageado, que,
agora, haverá de ser eternizado, denominando um logradouro público, uma praça
no Bairro Santana de Porto Alegre, em uma situação bastante especial, na medida
em que nós sabemos que, dos bairros tradicionais de Porto Alegre, não é fácil
se encontrar um logradouro para merecer a denominação, e que o Ver. Isaac
Ainhorn, diligentemente, conseguiu encontrar uma localidade, um logradouro que,
efetivamente será o objeto da denominação, devidamente sacramentado pelas
informações pertinentes que a exigência regimental e legal nos impõem para que
possa ocorrer esse tipo de homenagem. Então, a Praça n.º 3.533, localizada no
Bairro Santana, nas proximidades do Colégio Estadual Júlio de Castilhos será
doravante denominada Praça Albert Sabin, esse cidadão falecido em 03 de março
de 1993, que agora, dez anos após o seu falecimento, vem a receber a homenagem
absolutamente adequada da Câmara Municipal de Porto Alegre, que, obviamente, se
insere num conjunto da sociedade porto-alegrense, insere-se no conjunto da
própria sociedade universal, que reconhece o grande trabalho científico feito
por Albert Sabin e que, aqui no Brasil, teve grande ressonância sustentada na
sua parte efetiva pela Fundação Rotária, que desenvolveu uma imensa campanha
para a erradicação da poliomielite, campanha essa bem sucedida, porque o Brasil
já está, inclusive, exportando a estratégia que aqui desenvolveu. O Rotary está
levando para alguns países da África o mesmo tipo de atuação aqui desenvolvida,
com o engajamento das comunidades daqueles países, e, com isso, obviamente,
conseguirá, em outros pontos do planeta, resultados assemelhados àqueles aqui
conquistados. Por isso, Ver. Isaac Ainhorn, a coincidência de votarmos este
Projeto no Dia dos Rotarianos, assim entendido como Dia do Rotary neste País, é
extremamente feliz, porque nos permite não só consumarmos esta homenagem justa,
adequada, merecida, altamente meritória, mas também gizar a atuação deste clube
de serviços, que, inspirado e motivado em Albert Sabin, realizou neste País
essa tão relevante campanha, cujo resultado podemos festejar no dia de hoje,
neste histórico dia da Câmara Municipal de Porto Alegre em que se traduz uma
homenagem altamente adequada, proposta pela sensibilidade do Ver. Isaac
Ainhorn. Por isso, Ver. Cláudio Sebenelo, V. Ex.ª que já fez um belo
pronunciamento, inclua neste pronunciamento esta feliz circunstância: no Dia do
Rotary, Porto Alegre homenageia, pela sensibilidade do Ver. Isaac
Ainhorn, Albert Sabin. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o PLL n.º 205/02. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
3299/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 206/02, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que denomina Rua Rio Maria um
logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Cascata.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 16-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 206/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
3405/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 217/02, de autoria do Ver. Beto Moesch, que denomina Praça Fernando Freitas da
Rosa um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Jardim Carvalho.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 16-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 217/02. (Pausa.).
Não há quem queira discutir. Em votação o PLL n.º 217/02. O Ver. Beto Moesch
está com a palavra para encaminhar.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sr.ªs
Vereadoras, Srs. Vereadores, já vou encaminhar os dois Projetos, o seguinte
também. Um denomina um logradouro de Praça Fernando Freitas da Rosa, e o
próximo Projeto denomina outro logradouro de Praça Carlos Porto da Silva,
porque os dois eram funcionários do DEFAP, Órgão Florestal do Estado do Rio
Grande do Sul, os dois estavam num helicóptero fazendo uma vistoria para
analisar o licenciamento de obras hidrelétricas na região Taquari-Antas, na
bacia hidrográfica Taquari-Antas. Esses dois funcionários públicos, amigos
meus, conhecidos aqui de vários Vereadores, em serviço, morreram em um acidente
de helicóptero. Como um era engenheiro agrônomo, o Carlos Porto da Silva, e o
outro, Fernando Freitas da Rosa, um jovem engenheiro florestal, nós entendemos
que a Cidade, que é a cidade deles, Porto Alegre, deveria homenageá-los dando
seus nomes a duas praças, respectivamente, duas praças abandonadas, que, agora,
ao serem transformadas e devidamente regularizadas, vão ser adotadas, não só
pelos familiares, mas pelo DEFAP, Órgão Florestal do Estado do Rio Grande do
Sul. Com isso homenageamos duas pessoas extremamente competentes que,
infelizmente, não estão mais entre nós. Eles estavam trabalhando a serviço da
sociedade gaúcha, olhando, analisando, para, depois, licenciar ou não uma obra
de significativa importância econômica para a região da Serra e, ao mesmo
tempo, colaborando com a comunidade, que pode ver as suas praças devidamente
urbanizadas e adotadas não só pelos familiares, mas pelo órgão florestal do
Estado, DEFAP, que é um órgão que administra os parques estaduais e toda a
política florestal no Estado do Rio Grande do Sul. Por isso, pedimos o apoio e
a compreensão dos Vereadores para que possamos, com justiça, lembrar o nome
dessas duas grandes figuras que colaboraram, e muito, com o Rio Grande do Sul e
que, infelizmente, a serviço, faleceram há dois anos. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o PLL n.º 217/02. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
3406/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 218/02, de autoria do Ver. Beto Moesch, que denomina Praça Carlos Porto da
Silva um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Jardim Carvalho.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 16-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 218/02. (Pausa.)
Não há quem queria discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por
unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
0454/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 007/03, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, que denomina Praça Capitão Carlos
Vieira um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 07-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 007/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
0023/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 014/02, de autoria do Ver. Adeli Sell, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha à Professora
Sonia Maria Passos.
Pareceres:
- da CCJ.
Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
- da CECE.
Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 09-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n.º 014/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
Eu
quero comunicar aos Srs. Vereadores que no dia 29, às 8h30min, no restaurante
da Câmara Municipal, nós realizaremos um café da manhã, do qual participarão
dezoito entidades. É sem nenhum ônus para a Câmara Municipal, é bom que se
esclareça.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
0158/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 029/02, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede o Prêmio Tradicionalista Glaucus Saraiva ao Senhor
José Edson Gobbi Otto.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n.º 029/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra para encaminhar.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a
homenagem a José Edson Gobbi Otto se explica por si só. Tenho dito.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o PR n.º 029/02. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
3207/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 106/02, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Grupo de
Pagode Itinerante.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 09-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n.º 106/02. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
0003/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 003/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que concede o Prêmio Mérito
Sindical à Federação dos Empregados no Comércio do Estado do Rio Grande do Sul
(FECOSUL).
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 16-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n.º 003/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
0005/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 005/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que concede o prêmio Quilombo dos Palmares ao Senhor Gilberto
Amaro do Nascimento, na modalidade atuação artística e cultural.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 09-04-03.
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n.º 005/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
Entraremos
na votação dos Requerimentos.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, foi vencida toda a Ordem do Dia?
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Sim, Vereador, foi vencida.
O SR. REGINALDO PUJOL: Havia uma combinação prévia de que nós
faríamos um esforço no sentido de cumprir toda a Ordem do Dia e logo após
levantaríamos os trabalhos, porque há algumas reuniões que têm de ser feitas
pelas várias Bancadas. Eu consulto V. Ex.ª, nós não queremos retirar o quórum,
porque seria deselegante com V. Ex.ª, e, ao mesmo tempo, queremos louvar o esforço
da Presidência, que conseguiu, no dia de hoje, aprovar mais de vinte projetos,
o que demonstra que houve um espírito de colaboração, então, pondero a V. Ex.ª
que, visualmente, não há quórum, Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Ver. Reginaldo Pujol, se esta é a
decisão das Lideranças, a Mesa não pode fazer outra coisa senão aceitar. Desta
forma, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 17h02min.)
* * * * *